A autora nesse capítulo, apresenta e discute questões relacionadas ao ensino de língua e sua prática em sala de aula na realização das atividades pedagógicas envolvendo a leitura e a escrita.
A partir da consideração de várias perspectivas acerca das funções individuais e socias representadas pela leitura, a autora irá abordar nesse capítulo as várias implicações pedagógicas sobre as percepções e compreensões pontuadas e pertinentes a serem praticadas e priorizadas como papel da escola.
Sob este enfoque, os aspectos concernentes à leitura são apresentados em questionamentos que abrangem várias circunstâncias do ambiente escolar como a importância da motivação para a prática da leitura pelos professores de outras disciplinas, para que esta compreensão e competência leitora e escrita não se restrinjam apenas ao momento das aula de línguas, mas que possam extrapolar esses limites com o auxílio de atividades que demandem diferentes e relevantes estratégias para o efetivo exercício das múltiplas interpretações, processamento de sentidos e mobilização dos diferentes tipos de conhecimentos exigidos no momento de uma atividade de leitura.
A respeito da dissidência sobre a responsabilidade da promoção e desenvolvimento da ampliação das várias competências, inclusive aquelas relacionadas à leitura e habilidades em linguagem, têm-se que, apesar da delegação quase que natural dessa tarefa à escola, não há como desconsiderar a participação das instituições familiares, midiáticas, comunitárias entre outras, na constituição dessas competências e habilidades para a formação dos indivíduos.
Desse modo, são propostas algumas considerações referentes aos objetivos da escola para a ampliação dessas diferentes competências além das verificações a respeito das implicações desses objetivos na implementação de uma intervenção pedagógica, no sentido de legitimar o papel da escola na promoção da competência para aprender e na função de ampliação dessas competências, desenvolvendo-as ainda mais, acrescentando a elas outras ainda não alcançadas, representando efetivamente o lugar pertinente à aprendizagem.
Ao que diz respeito às competências esperadas pelo exercício da leitura, têm-se o fato do destaque da leitura como prioridade curricular da escola, com o intuito de promover o exercício da cidadania, considerando todos os benefícios de cunho informativo e formativo proporcionados pela leitura que favorecem o aprofundamento e a ampliação dos conhecimentos já adquiridos e a formação de conhecimentos à adquirir, pois a competência em leitura supõe e é revelada na articulação do saber já acumulado com as condições específicas enfrentadas nos mais distintos tipos de situação comunicativa, além da formação da capacidade interpretativa e o desenvolvimento da sensibilidade artística e estética adquiridos a partir do contato com textos literários, que culmina na extrapolação necessária dos interesses imediatos das exigências meramente sociais e profissionais.
No entanto, são estabelecidas certas condições fundamentais para que se alcance essa competência pela leitura, que apesar de centradas na escola como referência para esse intento, necessitam, também, de empenho por parte de professores e outros atores sociais no sentido de motivar e estímular à uma habilidade que não é, diferente do que muitos consideram, inato ao indivíduo e que deveria ser percebida de modo interacionista permitindo o encontro assim como a mobilização dos vários conhecimentos disponíveis e indispensáveis à formação leitora do indivíduo.
Ao final do capítulo, será tratado à respeito das várias implicações pedagógicas sobre as percepções pertinentes praticadas e priorizadas como papel da escola, de acordo com as concepções consideradas no capítulo pela autora.
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