No referido poema de Castro Alves, trata-se de um olhar observador e cheio de volúpia, lançados à moça adormecida, sua naturalidade ao dormir era tamanha que a tornava sensual, uma vulnerabilidade erótica aos olhos do eu-lírico. O detalhismo no espaço físico, a importância dada ao perfume do ambiente, em que estado a moça se encontrava dentro da cena, elucidando todo o contexto da noite, a janela aberta, a exaltação à natureza, enfatiza e indica no poema características da terceira geração do romantismo no brasil. A poesia lirico-amorosa de Castro Alves passa de uma idealização amorosa encontrada nas gerações anteriores, para a concretização da mulher amada, em toda sua individualidade, sensualidade e naturalidade, fazendo com que a figura da mulher fosse enaltecida ainda mais por ser real, por ser possível.
O jogo de sedução apresentado entre o jasmineiro e a moça, o passear do vento pelos cabelos, a flor que beija e foge, foram muito bem metaforizados pelo autor, e que nos leva a inferir que o eu-lírico observa a cena, com a ânsia de como se ele mesmo estivesse à afagar e a acariciar a amada, à beijá-la e a repeli-la.
Em detrimento das características da terceira geração romântica, o sentimentalismo, o culto à natureza, de todo o virtuosismo e encantamento que envolve o amor e o ser amado nesse contexto de amores possíveis e erotizados, pôde-se observar que o autor descreve de uma maneira sutil e até inocente, a essa explosão de sentimentos e de libido encontradas no poema.
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