O capítulo em questão trata do movimento do romantismo, que originou-se, inicialmente, nos países da Alemanha e Inglaterra do século XVIII, disseminando-se posteriormente para a França, Itália e demais países da Europa.
É no pré-romantismo, com suas atitudes de expressão, de preferência temáticas, assim como, na aceitação de modelos e fontes de inspiração fora das limitações clássicas, que se prenuncia toda a renovação libertária evidenciada em princípios do século XIX.
Dominante na primeira metade do século XIX e apresentando uma grande multiplicidade de atitudes e características com a presença imposta da aventura e da criação individual, o Romantismo surge com a retomada e ampliação de algumas atitudes já reconhecidas no barroco literário, mas com a vantagem da liberdade formal e com o sentimento vibrante da contemporaneidade.
Dessa forma, o homem romântico desponta manifestando seus sentimentos a partir de uma nova ordem social, moral, religiosa e econômica, exprimindo, assim, ao mesmo tempo a sua experiência pessoal, permitindo-se envolver pelo clima do momento enquanto síntese deste próprio momento, evoluindo do testemunho pessoal, chegando ao nacional e finalmente ao universal.
Dentre as características gerais e dominantes apontadas sobre o movimento do Romantismo, encontra-se a ruptura do equilíbrio da vida interior, com o triunfo da intuição e da fantasia, as quais alimentam o contraste entre as aspirações e a realidade. Ao contrário dos clássicos, que pelo uso do predomínio da razão, aceitava a vida e a sociedade de maneira pacífica e passiva, o romântico exprime por meio de atitudes de inquietude, tristeza, aspiração vaga ou imprecisa, anseio de algo melhor do que a realidade e entusiasmo nacionalista, toda a sua insatisfação com relação ao mundo contemporâneo.
Há, ainda, a citação da grande ênfase à vida sentimental, fazendo do romântico um intimista e egocêntrico, o cultivo do amor e da confidência, ou a disposição à renúncia e ao isolamento, na procura de uma identificação essencial com a natureza, assim como, a estima pelo sentimento religioso, pátrio e emparelhamento com a humanidade. Ocorre, dessa maneira, uma saída do âmbito da fantasia interior, do drama pessoal, da realidade alimentada de ideologias e de fugas, para os campos morais e espirituais, para a defesa das grandes causas sociais e da realidade.
Nesse sentido, a liberdade de criação, com a revelação do homem total e em particular do homem interior e suas aspirações idealizadas, do movimento Romantico representada pelo dinamismo, sentimentalidade, contemporaneidade e historicidade, se faz completa.
No que diz respeito aos temas e ao que realmente caracterizaria um estilo, foram consideradas atitudes que se tornaram mais frequentes e mais desenvolvidas no romantismo, que determinaria, assim, o tratamento dos assuntos preferidos, tanto originais do momento, quanto aqueles retomados a tradições de movimentos anteriores.
Portanto, o sentimento da natureza; a atitude religiosa; o amor; a infância, o lar e a pátria; determinados procedimentos perante a moral vigente e a sociedade; a amplitude dada à curiosidade do mundo exterior; o exotismo; o historismo e a Idade Média; o aproveitamento da literatura popular; o nacionalismo e até mesmo as atitudes mais pessoais, foram citados como constantes no lirismo romântico.
De acordo com essas tendências apontadas sobre o movimento romantico, os autores apresentam as respectivas demonstrações práticas em obras de determinados poetas, segundo características inerentes de cada um desses representantes do estilo romântico.
São descritos, também, algumas posturas tomadas pelos poetas romanticos diante de situações cotidianas, assim como, a correspondência a cada respectivo poeta, como Gonçalves Dias e sua expressão lírica predominantemente terna e evocadora.
Sobre esse fato, é afirmado que em qualquer situação, o poeta frequentemente realiza a evocação, considerando como se tudo já estivesse perdido irremediavelmente, travando, assim, uma espécie de combate contra o destino, a sua própria natureza e sobretudo conta a sociedade, consciente de sua derrota diante da vida.
Trata-se, também, das expressões do culto da nacionalidade tão característico da curiosidade e do sentimento de insatisfação do homem romantico, em que se trata sobre a questão das investigações das origens mais remotas e mais autenticamente nacionais, épica ou liricamente exaltadas, como o medievalismo do romantismo europeu, que apresentou reflexos no Brasil como uma decorrência da influência do modelo estrangeiro, culminando em uma certa tendência medievalista, por força do nacionalismo romântico, encontrada no indianismo.
Essa expressão evidente do culto da nacionalidade é apresentada em um sentido mais abrangente, como a manifestação pela afirmação da liberdade política, assim como, a exaltação de valores e tradições, que no Brasil passa a abrir novas perspectivas quanto à visão do passado, da formação, da paisagem e da realidade. Todo esse sentimento, então, é de certa forma transferido ao presente, considerado nos seus aspectos sociais e políticos, defendidos ou combatidos sob o atributo dos direitos do homem livre, na ocasião brasileira da abolição da escravidão.
A essência da temática romantica, é apresentada como a reinvindicação da liberdade de exprimir a vida, partindo-se da condição individual, surpreendendo a sua riqueza interior, assim como, sua inadequação com a realidade, com o interesse pelo homem social e político, em comunhão com o sentimento da nacionalidade.
No que diz respeito aos gêneros, os autores discorrem sobre as transformações e inovações sofridas no teatro, na ficção, e em especial, na poesia que apresentou relevância marcante no estilo romantico.
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