O computador, que durante um certo tempo, foi percebido e entendido apenas como uma máquina, também foi para a maioria das pessoas a única vitrine da informática. Hoje é de conhecimento comum que a informática comporta em seu universo várias dimensões e possibilidades, além de permitir a afirmação de que a lógica e uma determinada forma de racionalidade fazem, doravante, parte de nossa cultura.
No período em que a informática era restrita somente aos especialistas, a questão principal consistia no domínio dos materiais. Logo depois, percebeu-se a importância do domínio das linguagens que permitissem um acesso mais rápido às máquinas, caracterizando, assim, a predominância da grande necessidade de um melhor controle das utilizações do computador, assim como, conhecer melhor seus limites e, também, sua força potencial. Dessa maneira, a questão que se apresenta, atualmente, no âmbito da informática é a do domínio dos desafios suscitados pela inclusão do computador na vida cotidiana.
A inserção da informática na cultura da sociedade moderna implica no envolvimento do conhecimento do universo dos computadores, sem haja necessariamente uma prática técnica, pois esta prática é reservada aos profissionais da área.
A informática tornou-se um elemento do processo de comunicação e, portanto um código designado como linguagem digital, a partir do aumento acelerado, nas últimas décadas, do conhecimento humano e das transformações das experiências em informação ordenada, armazenável, representável em diferentes formas e de fácil recuperação. O uso de informações, através do código da linguagem digital, tem transformado o cotidiano da sociedade na perspectiva de mundo globalizado, assim como, na realidade específica de cada região.
A inclusão da realidade da informática nos currículos da área de Linguagens,Códigos e Tecnologias, tem por objetivo permitir o acesso a todos aos que desejam torná-la um elemento complementar de sua cultura, pois como a mais recente das linguagens, não substitui as demais, serve de complemento e base tecnológica para as muitas maneiras de comunicação tradicionais.
Do ponto de vista da incorporação da informática como componente do processo de ensino-aprendizagem, existe uma grande preocupação sobre os paradigmas e processos em vigor, pois a ausência de planejamento específicos e treinamentos orientados aos professores comprometem a utilização eficaz dos recursos ligados à informática na educação.
Sobre a informática no ensino médio, a nova LDB abre espaço para o debate com uma série de questionamentos pertinentes ao assunto, afinal, a informática é mais do que um conjunto de micros, é uma realidade que nos cerca em quase todos os ambientes em que estamos, independente da região.
A presença da informática ocorre de inúmeras formas, diversas do computador e muitas vezes imperceptíveis à maioria das pessoas. As máquinas são cada vez mais controladas e operadas por métodos computacionais e o desconhecimento desta realidade acentua a questão da problemática do desemprego.
O mundo globalizado está em constante transformação e exige do homem moderno o acesso rápido e instantâneo às informações internacionais, a comunicação a grandes distâncias, assim como, pesquisas e buscas de soluções cada vez mais atuais e eficientes, sem a necessidade de deslocamentos físicos.
Já na educação, as mudanças e transformações não ocorrem de forma tão rápida quanto na tecnologia, gerando um distanciamento a ser superado. Ter acesso ou não à informação pode se constituir em elemento de discriminação na sociedade moderna. Atualmente, é evidente o distanciamento entre os que conhecem e desconhecem o funcionamento dos microcomputadores.
O elemento informática encontra-se em nossa realidade cotidiana de maneira inquestionável e evidente, logo, incluí-lo como componente curricular da área de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias significa respaldar os estudantes para o mundo tecnológico e científico de acordo com as competências e habilidades necessárias, com o conhecimento dos equipamentos, programas e conceitos que lhes permitam a efetiva integração ao trabalho e o desenvolvimento individual e interpessoal, aproximando, dessa forma, o meio escolar do mundo real e contextualizado.
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