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Por que (não) ensinar gramática na escola
(Sírio Possenti)

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A abordagem introdutória do texto, trata da realidade do ensino da língua materna partindo-se de principios teses básicas expostas, no sentido de provocar reflexões e mudanças nas práticas e atitudes no ensino da língua pelos professores e a pela própria escola.
No que diz respeito ao ensino da língua padrão nas escolas e aos problemas concernentes à esta questão, são expostas teses que fundamentam e defendem, cada uma ao seu modo, o fato de que a escola não teria a função de ensinar o português padrão.
A tese de natureza político-cultural diz basicamente que é uma violência, ou uma injustiça, impor a um grupo social os valores de outro grupo. Já a tese cognitiva, considera que cada falante ou cada grupo de falantes só pode aprender e falar um dialeto (ou uma língua). A hipótese supõe também que o aprendizado de uma língua ou de um dialeto é uma tarefa difícil, ou, pelo menos difícil para certos grupos ou para certas pessoas.
Na questão do domínio do português padrão, apresenta-se do ponto de vista da escola, a aquisição de determinado grau de domínio da escrita e da leitura, em que se espera que os alunos, sem traumas, escrevam diversos tipos de textos (narrativos, argumentativos, informativos, atas e cartas de vários tipos), assim como, leiam produtivamente textos também variados: jornalísticos, colunas de economia, política, educação, de divulgação científica em vários campos,técnicos.
No entanto, é evidente que tais objetivos propostos pela escola não condizem com a realidade, pois são poucos os alunos egressos do segundo grau que efetivamente e de maneira significativa, conseguem realizar qualquer tipo de atividade envolvendo leitura e escrita.
Uma utilização eficaz da língua escrita, pressupõe leitura e atividades de escrita permanentes, de modo a fazer parte substancial nas tarefas escolares propostas pelo professor.
Muitas são as razões responsáveis pelo fracasso da escola nesse sentido, e variadas são as naturezas e origens dessas razões, como as relacionadas aos métodos empregados, ou os decorrentes de valores sociais.
Além das possíveis razões apontadas anteriormente, atribuídas ao fracasso escolar no ensino de línguas, existem, ainda, outras que têm a ver com a forma como se concebem a função e as estratégias do ensino da língua materna.
A partir das considerações acima relacionadas, percebe-se a necessidade de uma nova concepção do significado de uma língua, assim como, do que seja o ser humano, de maneira geral. E isso é possível, levando-se em conta o fato de que as crianças, por exemplo, são bem sucedidas no aprendizado das regras básicas necessárias para se comunicar.
É preciso, então, que se conheça o que seja realmente uma língua e a representação dessa língua no mundo real, da mesma forma, a capacidade natural dos falantes dessa língua, para que se possa alcançar outras diferentes realidades além dos equívocos e incompetências no que se refere ao ensino da língua.
Sobre a importância da concepção do que seja um humano, sob a perspectiva da aprendizagem, cabe ao professor em seu comportamento diário, considerar a existência das diferenças signigicativas entre seus alunos, para poder aplicar tarefas de maneira pertinente e adequada ao verdadeiro sentido do ensino da língua.

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