Indicações DA ANGIOPLASTIA TRANSLUMINAL CORONÁRIA (ATC)
(Mano; Reinaldo)
O principal objetivo da ATC é aliviar a estenose vascular, normalizando o fluxo sanguíneo, para aliviar a isquemia miocárdica e seus sintomas, e evitar a oclusão total. A estenose coronária será significativa quando exceder 50% o diâmetro do vaso normal. A determinação da gravidade da lesão é expressa percentualmente pela relação do diâmetro do vaso sadio, em seu segmento proximal. A determinação é visual e quantitativa, objetivando maior confiabilidade e uniformidade dos dados. O sucesso do método é considerado se o diâmetro luminal mínimo (DLM) final for menor que 50%, na ausência de complicações maiores.
Indicações:
Doença uniarterial: Isquemia com obstrução arterial maior que 70% independente do grau de irrigação desta artéria. A ATC terá alta probabilidade de sucesso e baixo risco de complicações, em indivíduos sintomáticos ou assintomáticos com isquemia evidenciada por provas diagnósticas. Indica-se também para obstrução entre 50% e 70%, em artérias que irrigam grande ou moderada área miocárdica, a angioplastia poderá ser feita quando não houver controle clínico dos sintomas. Em lesões complexas e maiores que 70%, indica-se, porém, com menor probabilidade de sucesso e maiores índices de complicações.
Doença multiarterial: Em obstruções maiores que 70% em duas artérias que irrigam grande ou moderada área miocárdica haverá alta probabilidade de sucesso e baixo risco de complicação, em indivíduos sintomáticos ou assintomáticos com isquemia evidenciada por provas diagnósticas. Indica-se também para obstruções de 70% em três ou mais artérias e na presença de obstrução maior que 70% com alta probabilidade de sucesso e baixos índices de complicações em uma artéria e entre 50% e 70% em uma ou mais das demais artérias. Já na presença de lesão menor que 50% no tronco da coronária esquerda e de lesão maior que 70% na coronária direita a angioplastia poderá ser realizada nesta última artéria, desde que os testes funcionais mostrem que a isquemia é provocada por ela.
Situações especiais;
— Angina instável: Indicada precocemente e especialmente nos pacientes de alto risco, como com escore de risco TIMI maior que três, dor subentrante, alteração do eletrocardiograma ou da troponina sérica.
— Pacientes com doenças sistêmicas graves: em pacientes multiarteriais, que não obtém resultados com o tratamento clínico, porém com elevado risco cirúrgico (insuficiência renal crônica ou doença pulmonar obstrutiva crônica) ou limitantes de sobrevida (neoplasias), a angioplastia é feita dilatando-se somente a lesão causadora da isquemia.
— Oclusão total crônica: este tipo de lesão é definida como a obstrução de duração maior que três meses, a angioplastia transluminal coronária só será indicada se houver área de miocárdio viável ou presença de extensa circulação colateral em paciente sintomático.
— Lesões em enxertos de safena: Nestas lesões sempre há indicação, no entanto, persistem taxas mais elevadas de reestenose que as obstruções em artérias coronárias nativas e maior probabilidade de embolização distal, especialmente nas pontes de veia safena com mais de três anos de implantação. Embora os stents não tenham demonstrado diminuição significante das taxas de reestenose comparando ao balão, observou-se redução das taxas de eventos cardíacos intra-hospitalares e da sobrevida.
— Infarto agudo do miocárdio.
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