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Complicações da Angioplastia
(Mano; Reinaldo)

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  Embora A ATC seja considerada um procedimento seguro e altamente eficaz, com baixas taxas de morte e infarto relacionadas ao procedimento, complicações como dissecções e oclusão arterial aguda levam a necessidade de retaguarda cirúrgica. Outro fator é a reestenose coronária, caracterizada pelo retorno da lesão, dentro de um período de seis meses. Quando o tratamento era feito só com o cateter-balão, o recolhimento elástico da artéria que ocorria imediatamente após a retirada do mesmo e a freqüente dificuldade de se obter um diâmetro arterial adequado ao final da técnica tornavam as taxas de reestenose o maior problema a ser melhorado. Os preditores principais de reestenose são: diabetes mellito, angina instável, infarto do miocárdio, reestenose prévia, oclusão total, lesão localizada nas porções proximais da artéria descendente anterior, vasos de pequeno calibre (menor que 3,0 mm) e lesões longas (maior que 20 mm), lesões em ponte de veia safena, e obstrução residual pós-dilatação. Os stents surgiram e grande parte destes problemas são resolvidos com os mesmos.

Reações ao contraste
Nas arteriografias diagnósticas e nos procedimentos endovasculares, a utilização de agentes de contraste é obrigatória apesar de seus conhecidos efeitos sobre vários órgãos e sistemas. As reações alérgicas ocorrem em cerca de 20% dos pacientes e dentro de 5 minutos da administração do agente. As reações tardias são observadas numa minoria dos pacientes. As reações leves podem ser tratadas com antihistamínicos. Quando a reação é mais severa, utiliza-se adrenalina. Além disso pode ser necessária a administração de corticesteróides ou até mesmo reanimação cardiopulmonar.
Complicações da manipulação arterial

1) Hematoma: o hematoma no local da punção é a complicação mais comum. A utilização de cateteres de menor calibre diminui a incidência deste problema. Normalmente a lesão acontece após a remoção dos cateteres e bainhas . Quando os hematomas são pequenos e não expansíveis, resolvem espontaneamente em alguns dias. Pode-se preveni-lo pela aplicação adequada de pressão digital sobre o local de punção, por 15 a 20 minutos após a remoção da bainha introdutora.

2) Espasmo arterial : é visto no local de acesso vascular ao longo do curso da artéria, ou perto da ponta do cateter.

3) Trombose: os principais fatores de risco são a associação da instrumentação prolongada e do vasoespasmo arterial. O uso de guias macias e cateteres de menor diâmetro, além da utilização concomitante de heparina, impedem esta complicação, além de ser mais comum quando se manipula artérias de pequeno calibre (renais, tibiais e fibulares). A formação de trombos é comum em procedimentos demorados.
Neste caso a indicação é a trombectomia cirúrgica pelo risco de sangramento através do orifício de punção.

4) Embolia: causada quando o cateter ou a guia desloca o trombo mural ou a placa. A formação de trombo pode levar a liberação de êmbolos. A maioria dos episódios são microembólicos e neste caso não há tratamento específico. Quando os êmbolos são grandes o tratamento é feito com trombólise ou embolectomia com cateter de Fogarty. A embolia por fratura do cateter é menos freqüente e se torna mais comum quando este é reutilizado várias vezes.

5) Hemorragia: A punção arterial pode causar hemorragia significativa, principalmente quando a compressão do sítio de punção pode ser dificultada pela obesidade do paciente. Utilizando uma técnica cuidadosa evita-se esta complicação.
6) Pseudoaneurisma: Causada por compressão inadequada após a retirada dos cateteres. O problema é corrigido com o reparo cirúrgico, a compressão guiada por ecografia ou a infusão de trombina diretamente no pseudoaneurisma.
7) Fístula artério-venosa: Não há como evitar esta complicação. Quando identificada logo após o procedimento, tenta-se a compressão guiada por ecografia.
8) Dissecção pela guia: Esta lesão pode ser corrigida com a angioplastia da área dissecada através de outro sítio de punção.

9) Perfuração arterial: O vazamento sanguíneo resultante desta lesão é de pequena quantidade e resolve espontaneamente. Se o paciente foi anticoagulado, a heparina deve ser retirada e a anticoagulação revertida e o procedimento encerrado.
9) Ruptura arterial: Situação rara e o diagnóstico é confirmado quando se observa extravasamento de contraste. O paciente refere dor persistente pelo efeito irritante do sangue. O tratamento é o reparo cirúrgico.
10) Dissecção arterial pelo balão: Quando se repete a dilatação com um balão maior e a insuflação é dada por tempo mais prolongado pode haver selamento do “flap” ou “falsa luz”. Assim, o uso do stent oferece a melhor chance de sucesso nesta situação.
11) Dilatação subintimal: Quando ocorre este tipo de lesão pode haver risco de trombose e formação de falsa luz. A correta posição da guia e nova dilatação é a conduta mais aceita.
12) Trombose no sítio de angioplastia: Esta lesão é tratada pelo uso de fibrinolíticos injetados por cateter no local da lesão.
13) Quebra do cateter: É muito raro acontecer, mas pode ocorrer durante o procedimento, se o cateter está angulado e é cortado pela guia.

O desenvolvimento de métodos melhores vem sendo cada vez mais estimulado na tentativa de vencer as complicações da dilatação com balão e, dessa forma, reduzir as taxas de reestenose. Apenas a utilização de stents foi capaz de vencer esse desafio, e, atualmente, a angioplastia transluminal coronária com balão é o procedimento de exceção, estando restrita ao tratamento de vasos de pequeno calibre ou da reestenose intra-stent.



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