A relação sujeito-cultura e seu mal-estar
(Freud; Sigmund)
O ser humano quando entra em contato com o mundo vê a impossibilidade de chegar ao gozo máximo. Então, decide evitar ao máximo o sofrimento que é trazido tanto de fora quanto dele mesmo, via neurose, psicose ou intoxicação.
Freud escolhe estudar a neurose. A neurose é causada pelas relações humanas. A sociedade tenta evitar o sofrimento, mas com isso impõe limites à busca do prazer, que geram sofrimento. O homem sofre na sociedade mas não consegue viver sem ela.
A sociedade cria laços humanos fadados ao fracasso, pois são desviados dos seus objetivos sexuais. Esses laços só são criados se outros homens se tornarem alvos de agressividade, que é uma necessidade humana e uma fonte de prazer.
Essa agressividade é controlada pela cultura, voltada contra o eu, para então ser retomada por uma parte do eu, o supereu, que se coloca em oposição à parte restante do eu. O supereu, essa consciência moral, manifesta em relação ao eu a agressividade que o eu desejaria exprimir a respeito dos outros. Essa tensão entre o eu e o supereu cria um sentimento constante de culpa, sendo esse sentimento independente da prática da agressividade ou apenas da intenção.
Essa angústia também é vista na infância. A criança teme não ser mais amada e é levada a renunciar a satisfazer suas pulsões, que são guiadas unidamente pelo prazer. Quando essa autoridade é internalizada no supereu, o sentimento se internaliza. O sentimento de culpa gerado pela cultura permanece então predominantemente insconsciente (sendo também internalizado, como na infância) e, na maioria das vezes, é vivido como um mal-estar ao qual se atribuem outras causas.
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