Psicologia da Criatividade
(Eunice Soriano de Alencar)
What a man can be, he must be. (Maslow, 1954)
O interessante que as pesquisas na área de criatividades são recentes, atraíram maior atenção a partir da década de 50 com o dircurso de Guilford, presidente da Associação Americana de Psicologia e cresceram quando na década de 70 a criatividade passou a ser considerada uma das categorias para se definir um individuo superdotado.
Criatividade tem a ver com explorar o desconhecido, e para isso precisamos, fantasiar, imaginar, arriscar-se e ter em mente que freqüentemente podemos errar. Tentar e errar faz parte do processo criativo. O que acontece é que muitas vezes pelo receio do fracasso, muitos, acabamos não insistindo diante uma falha, ou pior, às vezes nem tentamos.
Apesar de isso estar mudando hoje, fomos e ainda somos educados para não sermos criativos, ao longo de nossa vida, nos diversos ambientes ao nosso redor, nos deparamos com muitos bloqueios mentais que podem inibir a nossa criatividade: família, escola, empresas, etc.
A dictomia entre reprodução do conhecimento x produção do conhecimento
Nas escolas o aluno é um reprodutor de informações e isso reporta a um educador apenas transmissor de dados. Nas escolas se repetem os mesmos modelos de ensino com pensamento repetitivo, e o pensamento espontâneo, intuitivo é menos favorecido.
Na era do conhecimento e da inovação o aluno será o produtor de conhecimento – utilizará todo o seu potencial criativo e intelectual – inovador – crítico e o papel do professor será o de favorecedor, facilitador, deste processo contribuindo no criar condições que facilitem o desenvolvimento da criatividade. Com esta visão, o ensino deverá ser orientado para a solução de problemas, oferecendo perguntas, questionamento e oportunidades de imaginação e fantasia aos alunos no lugar de respostas prontas.
Perceba que a criatividade vista como um resultado de um processo educacional está relacionada, com a interação, com o relacionamento entre as pessoas, fatores totalmente subjetivos e de grande variabilidade de resultados.
Nossa criatividade enfrenta também obstáculos psicológicos como a dificuldade em lidar com a frustração de errar antes de acertar. Porque afinal, alguém iria sair da zona de conforto se está tudo bem com o seu trabalho? O ser humano tem a tendência de poupar toda e qualquer energia para se preservar.
Só que cada vez que temos um resultado malsucedido, mais enriquecemos nossa percepção, pois estabelecemos mais ligações de causa e efeito e mais identificação de correlações.
Thomas Edison dizia:
Eu não fracassei, apenas encontrei 10.000 maneiras que não funcionaram.
A boa notícia é que da mesma forma que fomos educados para não sermos criativos, podemos nos propiciar um caminho inverso. Para isso é importante que nos desafiemos continuamente e estejamos preparados para quebrar alguns paradigmas. Com isso controlamos o processo involuntário e não consciente tornando-o mais consciente e usando a criatividade a nosso favor, solucionando problemas a nível pessoal e até ajudando mais no desenvolvimento da sociedade com soluções criativas para as dificuldades hoje enfrentadas em nível mundial. O que permitiria avanços, evolução de uma cultura, contribuindo para a civilização como um todo.
De acordo com o professor Richard Florida, da Universidade de Carnegie Mellon, em Pittsburg na época atual a capacidade de realizar as tarefas corretamente não é mais a mercadoria que os empregados vendem às empresas. Na era criativa, diz Florida, as pessoas vendem, acima de tudo, sua capacidade de pensar.
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