Mitos da educação – idéias que jogam contra o ensino
(Elisângela Fernandes)
Elisângela Fernandes assina a matéria de capa do n° 240 da revista Nova Escola (março 2011; Editora Abril): “15 mitos da educação – idéias que jogam contra o ensino”. Um aspecto muito relevante das reflexões aí propostas é o de que os profissionais de ensino não podem mais ficar alheios aos resultados de pesquisas e estudos no campo da educação.A autora defende que os mitos (ou poderíamos também chamar de “crenças”) listados a seguir são, como na mitologia grega, criações culturais sem embasamento científico para explicar o que não se pode entender direito. Partindo dos pressupostos de que “todos podem aprender” e de que a aprendizagem é “um direito constitucional”, 15 especialistas ajudam na reflexão sobre ideias prejudiciais arraigadas na prática de ensino, a saber: 1) para ser um bom professor é preciso ter dom e vocação (muitos se apóiam nessa crença para não se formarem/profissionalizarem continuadamente); 2) a função mais importante da escola é formar cidadãos (o que por vezes perturba a execução dos conteúdos curriculares); 3) criança pobre não aprende (quando, de fato, deve-se considerar a aprendizagem a partir do nível ou capacidade que cada aluno traz, não como se todos fossem uma massa homogênea); 4) educação se aprende em casa. Cabe à escola apenas ensinar os conteúdos (mas a responsabilidade na internalização de valores culturais e de sociabilidade é responsabilidade de ambas as instituições); 5) para os pequenos, livros ilustrados e com texto curto são os melhores; 6) muitas crianças não aprendem porque vêm de famílias desestruturadas; 7) meninos são melhores em Matemática; 8) creche é um mal necessário; 9) a repetência sempre melhora o desempenho; 10) sem a possibilidade de reprovação, os alunos perdem o respeito pelo professor; 11) a cópia e a repetição são boas estratégias de ensino; 12) trabalho em grupo sempre gera indisciplina; 13) é papel da escola elevar a autoestima dos estudantes; 14) os alunos aprendem mais quando a atividade é lúdica; e 15) conteúdo dado é conteúdo aprendido. Esses mitos e as razões pelas quais devemos derrubá-los podem ser lidos também na versão eletrônica da revista Nova Escola (link abaixo). Uma matéria recomendada para todos(as) professores(as) em exercício e em formação e, por que não, para alunos e pais em geral. Pois, em nossos tempos, como bem sintetiza Elisângela Fernandes, “não é mais possível crer que o pouco acesso a bens culturais, a pobreza e a falta de participação dos pais na vida escolar dos filhos sejam decisivos para a não-aprendizagem – e levem à reprovação”.
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