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As Larvas e a Medicina
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Há muito tempo que se conhece o uso das larvas, como recurso da medicina, para auxiliar na recuperação de tecidos lacerados, por exemplo. Este procedimento é chamado de biocirurgia, bioterapia ou terapia larval, que consiste na aplicação de larvas criadas em laboratório, de forma natural, sobre processos inflamatórios para destruição da brida, que é uma membrana ou filamento que se forma entre duas superfícies serosas, e que impede a recuperação dos tecidos, ou sua cicatrização. Interessante, não é? Mais interessante ainda, é que a espécie utilizada em um processo inflamatório de uma perna amputada cirurgicamente, da qual tomei conhecimento, era a daquelas moscas esverdeadas que vemos geralmente sobrevoando dejetos de animais mortos, ou coisas semelhantes. A espécie leva o nome científico de Chrysomya megacephala, muito comum no Brasil e em nossos quintais. No laboratório, são criadas todas as condições ideais para o seu desenvolvimento, sendo as bichinhas alimentadas a base de fígado de boi, onde se desenvolvem exemplarmente. Ao atingirem certa fase de maturação, às centenas, elas são retiradas do seu criatório e levadas imediatamente para a sala de cirurgia, onde são aplicadas diretamente sobre a ferida com processo inflamatório, e assim que tocam o ambiente para onde foram destinadas, começam a se alimentar do tecido necrosado, e promovem uma perfeita limpeza da ferida, facultando ao paciente uma recuperação mais rápida. Definitivamente, não é uma cena muito agradável de se ver, mas, seus efeitos são fantásticos. Esta terapia, usada desde os tempos remotos por algumas tribos indígenas, foi um importante recurso para a medicina da época da primeira grande guerra mundial, onde o Dr. William Baer percebeu que os soldados feridos e que apresentavam larvas de moscas sobre suas feridas, se recuperavam mais rapidamente do que os outros que não as tinham, devido ao processo de desbridamento, que é a remoção dos tecidos necrosados, realizado por aquelas larvas. Não há que se dizer que esta terapia foi erradicada em função do aparecimento dos antibióticos, pois ainda hoje, em alguns países do mundo, laboratórios fornecem larvas estéreis para este tipo de tratamento. Enquanto que algumas doenças retornam à humanidade, como a Fênix que ressurge das cinzas, devido à melhoria genética de seus causadores, e enquanto a medicina luta exaustivamente para, pelo menos, acompanhar esta evolução, a própria natureza já nos fornece, há milênios, a solução para muitas delas. Deus é sábio. 



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