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Gramática e interação: uma proposta para o ensino gramatical
(CVHA)

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Muitos são, sem dúvida, os fatores que envolvem a questão de como ensinar a gramática em sala de aula, quais os benefícios e conseqüências que este ensino causa na aquisição da competência lingüística.
No que tange a estrutura do texto, o livro é dividido em duas partes: a primeira trata sobre as "Questões fundamentais para o ensino de gramática", e discute: 1- Os objetivos do ensino de língua materna, dentre os quais se destaca o desenvolvimento da competência gramatical/lingüística e a competência textual, 2- As concepções de linguagem e de gramática, afinadas entre si, pontuando o conceito de gramática e quais os tipos de gramática, 3- os tipos de ensino de língua, o prescritivo, o descritivo e o produtivo; 4- a variação lingüística e o ensino da língua materna, variação dialetal e variação de registro, 6- O texto e o discurso. Nesta primeira parte do livro, o autor disponibiliza inúmeros exemplos de textos que exemplificam os conceitos da variação lingüística, que é fundamental para se ter a noção da norma e de erro da língua materna. A segunda parte é dedicada ao "ensino da gramática", discorrendo nos capítulos: 7- Como tem sido o ensino de gramática nas escolas de ensino fundamental e médio no Brasil, 8- Uma proposta para o ensino, 9- A gramática de uso, 10- A gramática reflexiva, 11- Exemplos de trabalho com a gramática reflexiva, 12- A gramática teórica, 13- A gramática normativa.
Para se trabalhar a gramática, devemos relacionar alguns fatores importantes para estruturar e realizar o ensino pertinente da língua portuguesa aos falantes nativos. Deve-se evitar percorrer caminhos que não sejam desejáveis e frustrantes para o ensino da gramática.
Algumas das propostas que serão apresentadas, visando a aceitação e utilização de maneira prática pelos professores, para se estruturar o ensino da língua materna são:
Os objetivos da língua materna;
As concepções de linguagem;
A concepção de gramática;
Os tipos de ensino de língua;
Variedades da língua;
Texto e discurso, na concepção de linguagem adotada.
Baseados nestes pressupostos serão verificados de que forma o ensino da gramática torna-se produtiva e pertinente ao aluno e se realmente permite o desenvolvimento lingüístico.
Discorreremos a partir de então, as questões fundamentais para o ensino de gramática, apresentadas no primeiro capítulo, no que trata dos Objetivos do ensino de língua materna.
Ensinar a língua materna a falantes natos requer alguns questionamentos no que diz respeito ao ato de se ensinar gramática, principalmente pelo fato de esta ser considerada muito complexa, motivo este, que torna difícil por parte do professor, adotar técnicas que satisfaçam o ensino da língua. Muitos professores sentem-se angustiados por não conseguirem desenvolver com destreza o ensino da gramática em sala de aula. Primeiramente devemos saber por qual motivo há a necessidade de ensinar Português para falantes da língua, já que pressupostamente estes falantes, como nativos da lingua, deveriam saber perfeitamente utilizar a sua língua materna. Para o questionamento “Para que se dá aulas de Português a falantes nativos de Português?” (p.17), Traváglia apresenta quatro respostas e as classifica conforme a relevância e pertinência para o ensino da língua portuguesa.
Em sua primeira resposta, Traváglia diz que o objetivo da língua materna é propiciar o desenvolvimento da competência comunicativa dos usuários da língua, desenvolvendo a capacidade da utilização nas diversas situações que forem exigidas para o ato da comunicação, tanto oralmente quanto na escrita. Ao desenvolver tal competência, o usuário da língua será capaz de produzir e reconhecer textos da língua materna.
Inserido na competência comunicativa, há ainda duas outras duas competências: a gramatical/linguistica, que é a capacidade que todo usuário da língua tem em produzir seqüências lingüísticas acessíveis que possibilitem a comunicação entre os indivíduos, buscando no falante a criatividade de gerar inúmeras construções lingüísticas que sejam aceitáveis de compreensão por parte do ouvinte, e a textual, que é a capacidade de compreender e produzir textos dos mais variados tipos, não importando qual o grau de dificuldade presente, a partir de capacidades textuais básicas que segundo Charolles (1979), seriam: a capacidade formativa, que é a habilidade dos usuários da língua a realizar a produção, compreensão e avaliação de textos, a capacidade transformativa, que possibilita ao usuário da língua transformar o texto, de várias maneiras, conforme o que se exige em cada situação, e por fim a capacidade qualificativa, que permite ao usuário da língua dizer a qual o tipo de texto pertence o texto apresentado (carta, reportagem, narração, etc.) e dar a possibilidade de produção de textos conforme o que for exigido.
Verifica-se que a capacidade qualificativa está interligada com a capacidade formativa, visto que ao produzir um determinado texto, deve-se inicialmente saber que tipo de texto produzir (capacidade qualificativa) e analisar todas as pertinências exigidas na produção de tal texto (capacidade formativa).
Para o desenvolvimento de tais capacidades apresentadas por Charolles, é importante que se disponibilize aos alunos um contato maior com textos que apresentem situações de interação comunicativa das mais variadas situações de comunicação. Por este motivo têm se dado maior importância à Lingüística Textual, com o intuito de contribuir para o ensino e compreensão da língua materna.

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