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Álvaro de Campos
(ALeitora)

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Fernando Pessoa fez de seu heterônimo Álvaro de Campos sua válvula de escape para o mundo das sensações, é de seus heterônimos o mais intenso no sentir, no experimentar, no viver do novo. É através de Campos que Pessoa exprime suas insatisfações e seu posicionamento diante dos acontecimentos cotidianos. Dotado de originalidade e audacioso por sua natureza, Campos projeta-se no limite da vida em viver pelos extremos, em experimentar todas as sensações possíveis com intensidade, apostando tudo pelo prazer da novidade, o que caracteriza o seu pensamento futurista, sempre criando e experimentando.
Para Pitthan, “Dos heterônimos de Fernando Pessoa, ele é o único que passa por um processo evolutivo(...)”, vivendo três fases distintas de sua poesia, primeiramente o decadentismo ligado a poesia do século XIX; passando ao futurismo, de pensamento aberto a estar no mundo sem reservas, aceitando e amando tudo e o outro inteiramente, incondicionalmente. E é justamente o amor incondicional por todas as coisas, a forma livre do ser e do sentir que o poeta afirma sua característica mais latente, o sensacionismo. Em sua ultima fase Campos viveu seu momento mais intimista e melancólico, tomado pela desilusão com o mundo, caracterizando essa fase pela saudade da infância e a dor do pensar.

Como futurista/sensacionista, ele se permitiu tudo, experimentos, viagens, todos os caminhos das novas sensações, da audácia, da busca pelo novo, uma inquietude de quem tem pressa para ver e viver tudo o que for possível, e parafraseando o autor do artigo resenhado, “vivendo a eternidade num só momento”. Essa inquietude pelas sensações fica muito evidente em seus poemas, como percebemos neste excerto:

Multipliquei-me, para me sentir,
Para me sentir, precisei sentir tudo,
Transbordei, não fiz senão extravasar-me,
Despi-me, entreguei-me,
E há em cada canto da minha alma um altar a um deus diferente.

Dos heterônimos de Fernando Pessoa coube à Álvaro de Campos exprimir o lado moderno, impulsivo, pagão e vicioso do ser, perceptor dos pormenores do cotidiano. Segundo Pitthan, ele age como uma espécie e Infraego, que funciona para manifestar as sensações mais fronteiriças de Pessoa, a versão mais ousada e mais progressista de Fernando Pessoa. Tornando-se Álvaro de Campos um de seus heterônimos mais complexos e intensos de um poeta que buscou e permitiu-se ser e ter outras vidas.

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