Resumo de A bolha financeira do ensino superior

Peter Thiel é homem do mundo financeiro e co-fundador do Paypal. Ele é um especialista em fazer dinheiro e em fazer com que as pessoas fiquem furiosas. É como Sarah Lacy começa sua análise sobre a posição desse tubarão capitalista em relação a uma bolha em que os americanos se encontram: não a da internet, mas a do ensino superior. Para ela, Peter Thiel não é um mero “do contra”, mas um visionário que previu a explosão da bolha da Nasdaq, em 2000, o que salvou o Paypal de ir na onda de falências. Ele também previu que a bolha se transferiria do campo dot.com para o setor imobiliário, o que vimos na recente crise americana.Agora, questionado sobre o novo frenesi da web, ele não prevê uma nova bolha cibernética, mas uma bolha no ensino superior, que está supervalorizado nos Estados Unidos, pois é o campo em que as pessoas ainda acreditam, e seria um tabu falar negativamente sobre o setor educacional. Mas ele o faz, prevendo que essa crença de que um diploma universitário – quanto mais caro melhor – garantirá o futuro dos indivíduos substituirá a bolha imobiliária. Altos empréstimos para cursar boas universidades e a corrente crise do emprego nos Estados Unidos podem frustrar a ideia de que o ensino superior é o investimento mais garantido no momento. A prova disso estaria, entre outras razões, na quantidade de jovens que terminam seus cursos universitários e retornam para a casa dos pais, sem grandes perspectivas. Nessa entrevista para Sarah Lacy, Thiel vai ainda mais fundo: é basicamente equivocado que uma sociedade ponha sua esperança de uma vida melhor em algo que é, por definição, excludente. Quem pode frequentar a Harvard, por exemplo? Trata-se, portanto, de uma dinâmica elitista que deve ser mudada. Entretanto, ao invés de propor aos jovens o abandono de seus cursos superiores, como certa mitologia criada em torno de nomes bem-sucedidos do campo da internet poderia sugerir, Peter Thiel e seu sócio Luke Nosek criaram a ideia do programa “20 Under 20? (“20 menores de 20”). Parece simples: selecionar os vinte mais talentosos jovens abaixo de 20 anos e pagar-lhes cem mil dólares por dois anos para abandonarem suas faculdades e abrirem um negócio. Em breve (ainda no primeiro semestre de 2011), eles anunciarão os nomes dos 20 escolhidos.Por mais paradoxal que pareça, é uma proposta que pode levar a sociedade americana (e mundial, talvez) a repensar seus valores culturais e valores financeiros. O texto completo no original, em inglês, pode ser acessado no link abaixo.

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