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Pânico 4 - Critica
(Marcelo Hessel)

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Terror
Direção: Wes Craven
Roteiro: Kevin Williamson
Elenco: Neve Campbell, Emma Roberts, Courteney Cox, David Arquette, Marielle Jaffe, Rory Culkin, Anna Paquin
Em Pânico 4 o roteirista  Williamson brigou com os produtores, foi brevemente substituído por Ehren Kruger  e até mesmo Craven escreveu algumas partes.
Ainda que seu trabalho tenha sido modificado ao longo do filme, a volta de Williamson aos roteiros  recoloca a franquia no rumo dos dois primeiros: enquanto Craven manipula visualmente as expectativas do terror, o roteirista faz piada metalinguística e  escreve diálogos críveis para personagens adolescentes.
A trama se passa dez anos depois do terceiro Pânico, com Sidney (Neve Campbell) retornando a Woodsboro para promover um livro de auto-ajuda. Agora, os adolescentes a chamam de Anjo da Morte. Eles já assistiram aos sete longas da franquia caça-níquel Stab (os filmes dentro dos filmes) e sabem que perto da garota todo mundo é esfaqueado a qualquer momento.
É irônico que a campanha de divulgação do filme fale em "nova década e novas regras", porque, no fundo, Pânico não muda em nada. Ghostface continua tendo uma mira péssima - a "facada no ombro"  e Dewey (David Arquette), que tem uma mira pior, nunca se dá ao trabalho de perseguir o maníaco, embora nem esteja mancando mais. Aliás, Arquette visivelmente sofreu com a instabilidade do roteiro. Ele passa meio filme sem saber para onde vai sua viatura.
As tais novas regras só se aplicam ao motif do assassino. Os primeiros filmes faziam graça, dizendo que nem todo maníaco precisa de motivos. Talvez o motif de Pânico 4 seja o mais consistente da série por estar em sintonia com a "nova década", em que "o sadismo é a nova sanidade".
Craven reinventou o medo em A Hora do Pesadelo, mas a série Pânico lida muito mais com a expectativa do susto - com a comicidade que isso implica, neste caso - do que com o medo. Por exemplo, raramente a câmera nos coloca no ponto de vista subjetivo de Ghostface, o diretor prefere a câmera objetiva. É o sádico que não se envolve.
No fundo, talvez seja isso que garanta a longevidade da série. É um senso de espetáculo primitivo, universal, atemporal e principalmente inofensivo: ficamos só esperando para ver se o maníaco aparece pela porta da frente, do fundo, ou de ambas. Aliás, a profusão de celulares amplifica esse jogo - talvez seja a contribuição mais significativa da nova década.
 



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