Tempo de Embebedar Cavalos
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Numa vila paupérrima do Irã, fronteira com o iraque, 05 irmãos órfãos, vivenciam todos os tipos de percalços para SOBREVIVEREM (com maiúsculas mesmo). Ayoub, o mais velho deles, se esmera em dedicação e labuta para arranjar uns minguados 'parangolés' que ajudarão a mitigar a fome e a sede da sua família.
Nós, aqui vizinhos da Linha do Equador, reclamamos aos borbotões 'della vita', mas qual....nós, vivemos no 'paradiso' e bem poderíamos saber disso, se o quiséssemos. Ali, na miséria de um casebre, os irmãos demonstram uma riqueza incomensurável em afetividade. Todos se cuidam. Todos se beijam amiúde. O amor, fincou raízes fortíssimas no seio daquela pequenina/Grande família e isso, com certeza, os une, fortifica e os determina a ultrapassar obstáculos e a verem luz no fim do túnel.
As caravanas dos povos árabes d'antigamente, aqui são comuns e para poderem atravessar as gélidas montanhas que separam o Irã, do Iraque, só mesmo embebedando os cavalos.
Pobres, lindas e destemidas crianças do fim do mundo, vocês são meus heróis, pela galhardia com que enfrentam dezenas de dissabores quotidianos, mas nunca, nunca, entregam os pontos. Nunca se dão por vencidas. A força de cada um, mais o afeto, são os elementos de que mais necessitam para seguirem adiante.
Lindas locações rudes da 'natura'.
Infantes maravilhosos nas suas interpretações.
Direção enxuta. Direta e sem subterfúgios.
Roteiro bem amarrado. Só não entenderá a história, quem só tiver um Tico e Teco.
Estou amando sair um pouco do circuitão americano de 'movies'. Existem filmes peruanos, iranianos, africanos, chineses e....muito interessantes, envolventes e que bem podem nos mostrar um mundo mais real e sem tanta pirotecnia tecnológica de mundos tão irreais e sem substância.
AMEI O FILME! AMEI O FILME! AMEI O FILME!
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