Adolf Loos
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Antes mesmo de 1914, a arquitectura modernis ta teve alguns expoentes significativos. Na Áustria, o melhor representante das novas tendências foi Adolf Loos (1870?1933), autor do livro “Ornamento e crime” (1908), cujas regras geraram vigorosa polémica entre os arquitectos do seu tempo. Nele, L oos combate o academismo, o eclectismo e a Arte Nova, proponto uma arquitectura lúcida, pragmática, racional e funcional que utilizasse os processos e os m ateriais do seu tempo e que vivesse sobretudo da pureza das formas arquitecturais, sem máscara de qualquer ornamento. “Se por estilo se entende ornamento, então a grandeza está em não termos produzido um novo estilo. (…) Encontrar a beleza da forma, em vez de a fazer depender da decoração, é o objectivo ao qual aspira a humanidade”, escreveu ele. Defendendo uma arquitectura urbana, adaptada a sua época, económica e acessível às massas, Loos criticou o individualismo tradicional, sobrepondo ao culto da originalidade a ética da descrissão e da essencialidade. Obras suas, como a Casa Steiner e um imóvel da Michaelerplatz (Viena, 1910), constituem exemplos significativos destas concepções. A Casa Steiner é uma mansão unifamiliar, que exemplifica bem as concepções arquitectónicas de Loos: feita em betão armado, possui uma planta aberta; ostenta volumes puros, simples, de livre articulação; a sua curiosa fachada principal é um artifício do arquitecto e foi devida ao fa cto de não ter sido permitida a construção de dois andares virados para a rua. Assim, o seu autor construiu uma espécie de mansarda aberta para o jardim; a parede das fachadas é lisa e plana e sem quaisquer ornamentos resumida ao essencial, a construção evidência a preocupação do arquitecto na ecónomia de meios, na funcionalidade, no utilitarismo da planta e na adquação forma?função. Por estas razões este arquitecto é considerado um proto?racionalista.
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