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O organiscismo como reacção ao funcionalismo racional
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A  partir  dos  anos  30  do  século  XX,  começou  a  esboçar?se  uma  primeira  reacção  ao funcionalismo  racionalista  da  arquitectura  europeia  e  ao  seu  formalismo  implicito. Como  consequência  e  resposta  a  uma  evolução  demasiado  tecnológica,  a  arte  e  a arquitectura  procuraram  novas  vias  mais  humanas  e  sensíveis  que  evidenciassem preocupações com o ambiente circundante e  respeitassem  as tradições locais, ao nível do  uso  dos  materiais  e  das  técnicas  construtivas.  Assim,  o  contexto  regional  e  a sensibilidade para os problemas ambientais , ao nivel estético e ecológico, assumiram para o organicismo aspectos decisivos na construção e no urbanismo. É neste contexto que podemos inserir o tra balho do arquitecto americano Frank Lloyd Wright  (1869?1959), que  iniciou  a  sua  actividade  cerca de 1890,  junto da  “Escola de Chicago” . Contrariamente aos arquitectos  da sua geração Wright desenvolveu – desde a sua fase das casas da pradaria  (c. 1893 ?1816) – uma arquitectura organicista onde as divisões  da  planta  não  resultavam  da  “divisão  distributiva  do  volume”,  mas  eram determinadas  de  uma  forma  autónoma,  integrando?se  umas  nas  outras,  como  num sistema vivo e coerente. Regeitando  os  historicismos  do  seu  tempo,  influenciado  também  pelas  concepções construtivas  japonesas,  Wright  associou  a  esta  ideia  a  recusa  do  maquinismo tecnológico, enquanto estandardização; o apego ao  individualismo, característica que ele valorizava como símbolo do povo americano; a  relação  íntima entre artesanato e industria  e  a  utilização  dos  materiais  tradicionais  em  cada  região;  bem  como  concepções  espaciais  e  estéticas  baseadas  na  pureza  das  linhas  horizontais,  no equilibrio  das massas  e  volumes  construídos  e  na  perfeita  integração  do  edíficio  no meio envolvente, algo que sempre respeitou como elemento estético. São exemplo destas concepções a Casa Wisconsin, em Taliensin East  (1925), e a Casa da Cascata  (  Falling Waters) de  1936,  em Bear Run na Pensilvânia,  a  torre de pedra onde se encontra instalada a lareira é o c entro distribuidor dos espaços. Os parapeitos são  de  betão  e  os  terraços  avançam  sobre  a  vegetação.  As  rochas  naturais  são integradas no exterior.  Após  1930,  trabalhou  principalmente  com  betão,  explorando  a  grande  variedade  de formas,  assentes  sempre  em  critérios  geométricos.  Veja?se  o  desenho  original  do museu Guggenheim de Nova  Iorque, de 1959,  concebido a partir de uma  rampa em espiral que liga os diversos pisos. Integrando  os manifestos  de  Louis  Sullivan  a  favor  da  arquitectura  orgânica, Wright baseou  os  seus  projectos  em  tramas  geométricas  e  poligonais,  relacionando  a  obra com  o  meio  natural  circundante,  modelando  o  espaço  ao  programa  funcional  e utilizando materiais tradicionais.  



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