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Breve História da Embalagem
(M. Eugéna Retorta)

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No princípio da sua história, a existência da embalagem encontra justificação numa série de funções estruturais de entre as quais podemos salientar a que, habitualmente é considerada a sua função básica: conter fisicamente algo.
 
Na verdade, a necessidade sempre fomentou a evolução e o desenvolvimento. Assim, quando o Homem sentiu necessidade de armazenar água e alimentos, serviu-se, entre outras coisas, de conchas, de folhas, de bambus e de cascas de coco. Mais tarde, com o desenvolvimento da habilidade manual, o Homem passou a fabricar os recipientes, dessa forma surgiram as tigelas de madeira, as bolsas de pele, os cestos de fibras naturais e, posteriormente, os vasos de argila.
 
Todavia, a origem da embalagem reporta-nos ao Egipto e remonta a muitos anos antes de Cristo em que ervas entrelaçadas ou tecidas, cujo fabrico já remonta a 1500 a.c., tiveram grande importância na economia daquele país.
 
As navegações, os descobrimentos e as novas rotas marítimas e comerciais deram início ao comércio à escala global, exigindo o desenvolvimento de embalagens mais resistentes e que conservassem por mais tempo os produtos. O barro, o tecido e a madeira eram os materiais mais utilizados. O Homem deparou-se com dificuldades devido à falta de materiais e de tecnologias que permitissem a criação de embalagens mais eficientes, já que as técnicas de trabalho do metal e do vidro só se viabilizaram mais tarde, tal como as técnicas de conservação de alimentos.
 
No séc. XVI a embalagem já aparecia associada a uma marca e era identificada com rótulos, geralmente escritos à mão. Só em 1830, após a invenção da máquina de fazer papel e da litografia é que se assistiu à impressão a cores. Anos mais tarde tal facto viria a contribuir para o desenvolvimento da arte gráfica fazendo aumentar o poder de atracção das embalagens, facto que, na época, seria absolutamente inimaginável.
 
Com a revolução industrial as máquinas mudaram o conceito de tempo e da escala de produção surgindo um novo conceito, e uma nova forma de abastecer as populações: a embalagem.
Contudo, tal não se verificou de imediato, pois como refere Retorta (1992), no tempo da actual geração dos 50 anos “ o leite [era] vendido à porta, transportado numa espécie de talha portátil em metal, e a manteiga que se oferecia em grandes tigelas nas mercearias do bairro” [1]era vendida em pequenas porções. Uma simples folha de papel enrolado em forma de cone, um pacote ou mesmo um pedaço de jornal, bastavam ao merceeiro para embrulhar o produto vendido.
 
Em 1930 Michael Kullen, sem o saber, deu um grande impulso ao desenvolvimento da embalagem para reduzir os custos, eliminou os balconistas e fez com que os consumidores retirassem, eles mesmos, as embalagens nas prateleiras, o que obrigou a uma profunda alteração nos rótulos das embalagens. Estas tiveram de assumir as tarefas de informar o consumidor e de vender o produto.
 
Depois da segunda guerra mundial a embalagem sofreu outro grande impulso provocado pela revolução nas residências. Alteraram-se os hábitos e os costumes, nomeadamente com a proliferação dos electrodomésticos, sobretudo o frigorífico e a televisão, que desenvolveu a indústria dos anúncios publicitários, fazendo disparar o consumo.
 
Assim, nos anos 60, “ a embalagem tornou-se um elemento fulcral”[2] para impor uma imagem de marca, uma identificação que fornecesse um valor adicional a um produto, para que este não passasse despercebido face à elevada competitividade, o que elevou a embalagem à categoria de veículo de comunicação. Esta tornou-se um poderoso meio de comunicação personalizado, procurando salientar as características extrínsecas do produto através da projecção de imagens.
 
No entanto, foi durante os anos 80 que as embalagens se tornaram mais relevantes. Assistiu-se a uma maior exigência e responsabilidade por parte dos consumidores, nomeadamente no que concerne aos problemas ambientais, o que contribuiu para um maior desenvolvimento.
 
Mais tarde a embalagem virá a adquirir uma personalidade própria, uma vez que nos dias de hoje, com o desenvolvimento do livre serviço, da grande distribuição, da concorrência de marcas e dos media publicitários, os princípios de venda modificaram-se.
 
As técnicas do design tiveram de acompanhar estas mudanças, tendo-se desenvolvido e implementado os alicerces da complexa indústria da publicidade, tendo a embalagem gráfica ganho reconhecimento.



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