Originária das terras portuguesas e trazida ao Brasil por volta do século XVIII conseguindo ao longo do tempo ganhar espaço e admiradores tornando-se bastante popular entre os brasileiros, a literatura de cordel é considerada como uma manifestação artística popular em que são produzidas e transmitidas de geração em geração toda a herança cultural e histórica de um povo através das cantigas, poemas e outros escritos, divulgados em folhetos ilustrados com o processo de xilogravura. A denominação de Cordel devesse ao fato de esses escritos impressos serem expostos ao povo amarrados em cordões, estendidos em pequenas lojas de mercados populares ou até mesmo nas ruas. Os temas tratados nessas produções cordelistas, abrangem os relacionados à festas, política, secas, disputas, brigas, milagres, a vida dos destemidos cangaceiros, atos de heroísmo, milagres, morte de personalidades, entre outros. Entre os maiores representantes dessa modalidade de literatura popular estão Leandro Gomes de Barros e João Martins de Atahyde, que já possuem publicações de suas produções por produtoras. Uma das características desse tipo de produção é a manifestação da opinião do autor a respeito de algo dentro da sua sociedade. Os cordéis não tem a característica de serem impessoais ou imparciais, pelo contrário, na maioria das vezes usam várias técnicas de persuasão e convencimento para que o leitor acate a idéia proposta. Geralmente, com baixo custo de produção, os pequenos livretos são vendidos sem intermédio de nenhuma editora, pois seus vendedores costumam ser seus próprios criadores. No geral, esses livros possuem maior demanda em alguns estados estados brasileiros como Alagoas, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Ceará. Dentre alguns escritores renomados da literatura brasileira, alguns bastante influenciados pela literatura de cordel como Ariano Suassuna, João Cabral de Melo, Guimarães Rosa e José Lins do Rego. De acordo com o próprio Ariano Suassuna, há uma classificação por ciclos do que é produzido de literatura versificada de cordel no nordeste, como por exemplo: o heróico, o maravilhoso, o satírico, o religioso etc.
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