A História de Madame Blavatzky
(Wikipedia)
Elena Petrovna Blavatskaya mais conhecida como Helena Blavatsky ou Madame Blavatsky, foi uma escritora, filósofa e teóloga russa, responsável pela sistematização da moderna Teosofia e co-fundadora da Sociedade Teosófica.
De personalidade complexa, dinâmica e independente, desde pequena mostrou possuir um caráter forte e dons psíquicos incomuns. Após um casamento frustrado, viajou por todo o mundo em busca de conhecimento filosófico, espiritual e esotérico, e nesse intervalo alegou ter passado por inúmeras experiências fantásticas, entrado em contato com vários mestres de sabedoria e deles recebido, como discípula, um treinamento para desenvolver seus poderes paranormais de forma controlada, para que pudesse servir-lhes de instrumento na instrução do mundo ocidental. Em 1873 iniciou sua carreira pública nos Estados Unidos, se tornando uma figura tão celebrada quanto polêmica. Exibiu seus poderes psíquicos, deslumbrando a muitos e despertando o ceticismo em outros, que não raro a acusaram de embuste, muitas vezes com evidências para tal. Entretanto, em muitos outros casos seus poderes pareceram autênticos. A controvérsia a acompanhou por toda a vida e ainda hoje está acesa. Ainda nos Estados Unidos estabeleceu uma duradoura aliança de trabalho e companheirismo com Henry Olcott, com quem fundou a Sociedade Teosófica, e em 1877 publicou sua primeira obra importante, “Ísis sem Véu”. Pouco depois ela e Olcott transferiram a sede da Sociedade para a Índia, e passaram a viver lá, até que um incidente, o Caso Coulomb, abalou sua reputação internacional, ao ser declarada culpada de fraude num relatório publicado pela Sociedade de Pesquisas Psíquicas de Londres. Voltou então para a Europa, onde continuou escrevendo e divulgando a Teosofia. Seus anos finais foram difíceis, estando frequentemente adoentada e envolvida em discussões públicas, tinha de administrar a Sociedade que fundara e que crescia rapidamente. Mesmo assim pôde concluir seu livro mais importante, “A Doutrina Secreta”, uma síntese de História, Ciência, Religião e Filosofia, e deixar outras obras de relevo, além de profusa correspondência e grande coleção de artigos e ensaios.
Blavatsky surgiu em um momento histórico em que a religião estava sendo desacreditada pelo avanço da Ciência e da Tecnologia, e que testemunhou o nascimento de uma série de escolas de ocultismo ou de pensamento alternativo que ganhavam grande número de adeptos graças ao fracasso do Cristianismo em fornecer explicações satisfatórias para várias questões fundamentais da vida. A importância da contribuição de Blavatsky foi então reafirmar o divino, mas oferecendo caminhos de diálogo com a Ciência e tentando purgar a Religião de seus erros seculares, combatendo o dogmatismo e a superstição de todos os credos e incentivando a pesquisa científica. Lutou contra todas as formas de intolerância e preconceito, atacou o materialismo e o ceticismo arrogante da ciência, e pregou a fraternidade universal. Sem pretender fundar uma nova religião ou reivindicar infalibilidade, apresentou ao mundo ocidental uma síntese de conceitos, técnicas e interpretações de uma grande variedade de fontes filosóficas, científicas e religiosas do mundo, organizando-as em um corpo de conhecimento estruturado e coerente que compunha uma visão grandiosa e positiva do universo e do homem. A Teosofia se tornou, ainda que contestada por vários críticos, um dos mais bem sucedidos sistemas de pensamento eclético da história mundial recente. Influenciou milhares de pessoas em todo o planeta, desde a população comum a estadistas, líderes religiosos, literatos e artistas, e deu origem a inúmeras seitas e escolas de pensamento derivativas.
Em fevereiro de 1891 houve uma epidemia de gripe em Londres, que atingiu também Blavatsky. Seu quadro se agravou e em 8 de maio, às 14h25min, faleceu tranquilamente, cercada de amigos.
Suas últimas palavras foram: "Mantenham o elo intacto! Não façam de minha última encarnação um fracasso". Seu corpo foi cremado e um terço das cinzas ficou na Europa, um terço foi para os Estados Unidos e o outro terço encontra-se na Sede Internacional da Sociedade Teosófica, em Adyar, depositadas sob uma estátua dela. Em seu testamento, Blavatsky pediu aos teósofos que celebrassem a data de seu falecimento, como o Dia do Lótus Branco. Atendendo ao pedido, desde 1892 os membros da Sociedade Teosófica ao redor do mundo reúnem-se nesta data para homenageá-la.
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