BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Lima Barreto - Vida e Obra do autor
(Julian Padilha Villar)

Publicidade
Afonso Henriques de Lima Barreto nasceu em 1881, no Rio de Janeiro. Era filho de um tipógrafo e de uma professora primária, João Henriques e Amália. Aos sete anos, Afonso já era órfão de mãe. Era o mais velho dos quatro irmãos, quando a mãe veio a falecer aos 35 anos. Seu pai era protegido do Visconde de Ouro Preto e por esta razão, com a Proclamação da República, teve que deixar seu cargo de tipógrafo e passou a trabalhar como almoxarife em uma Colônia de Alienados, pessoas que sofriam de doenças mentais, na Ilha do Governador. Após a demissão do seu pai na Imprensa Nacional, contando com a proteção do Visconde, seu padrinho, Lima Barreto pôde completar a sua formação ginasial. Ele continuou morando no Rio de Janeiro, longe de sua família. Prestou vestibular, aos 16 anos, e começou a freqüentar a Escola Politécnica do Rio de Janeiro. O pai teve, assim, a esperança de que seu filho se tornasse doutor. Entretanto, a sua condição social, filho de mestiços, o lançou no isolamento; não fora bem recebido pelos seus colegas e professores. Em lugar de freqüentar as aulas, refugiava-se na biblioteca onde teria mais contato com a Filosofia e a Literatura, suas paixões, embora elas pouco poderiam contribuir para sua carreira de engenheiro. O resultado disso foi pouca freqüência às aulas e as reprovações. A vocação de escritor teve seus primeiros lampejos no jornal estudantil A Lanterna e A Quinzena Alegre, onde desenhava caricaturas verbais de colegas e professores. Desta forma, revidava as hostilidades sofridas. O pai, João Henriques, em uma noite de 1902, pressionado pela perda precoce da companheira, pelos cuidados com os filhos, e por seu trabalho, de súbito, enlouquece. Lima Barreto, conseqüentemente, abandona a Faculdade e vai trabalhar como escriturário, em 1903, no Ministério da Guerra, para sustentar a família da qual passa a ser o principal responsável. Todos passam a morar no subúrbio do Rio de janeiro. A vizinhança conhecia a sua casa como a “casa do louco”. Mesmo em meio a tantas adversidades, Lima Barreto não abandonou a sua paixão pela literatura. Escrevia de uma maneira compulsiva e desordenada. Iniciava um romance, que logo abandonava, para dar inicio a outro que, por sua vez, não era completado. Em 1905, passou a trabalhar como jornalista profissional no Correio da Manhã. Em 1906, após uma licença-saúde, deu inicio a retomada de seu projeto literário passando a colaborador na revista Fon-Fon, órgão de divulgação dos primeiros capítulos do romance Recordações do escrivão Isaias Caminha. Sentindo o cerco da imprensa burguesa, em 1907, contando com a colaboração de amigos, fundou a revista Floreal, a qual lançou apenas quatro edições. A sua literatura contava a história dos que não tinham acesso as letras; ele não tinha a menor complacência em denunciar os poderosos, sua mediocridade e atrocidades. Em meio a tantas desilusões, o alcoolismo passou a dominar sua vida. O seu primeiro livro, Recordações do escrivão Isaias Caminha, só encontrou espaço de publicação fora do Brasil, em Portugal, especificamente, em Lisboa, em 1909, graças a colaboração de um amigo. A obra é publicada em folhetim, em 1911, pelo Jornal de Comércio. Os temas urbanos e sociais surgiram em sua literatura com as cores da sátira e da ironia, uma espécie de projeção dos muitos papéis que já havia vivido em sua própria história de vida. Após as primeiras obras as demais vieram a tona tais como: Triste fim de Policarpo Quaresma, Numa e Ninfa, Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, Clara dos Anjos e Histórias e Sonhos, Os Bruzundangas, Outras Histórias e Contos Argelinos, Coisas do Reino de Jabom, Feiras e Mafuás, Vida Urbana, Diário Intimo, O Cemitério dos Vivos, Impressões de Leitura e Correspondência Ativa e Passiva. Em 1914, é recolhido ao hospício pela primeira vez. Em 1918, é aposentado por invalidez do serviço no Ministério da Guerra e retorna ao manicômio em 1909, do qual sai e volta para sua casa no subúrbio, local onde veio a falecer em 1° de Dezembro de 1922, vítima de colapso cardíaco, após alguns meses da realização da Semana de Arte Moderna. Se não teve em vida o carinho e o reconhecimento dos homens das letras de sua cidade, e mesmo de seu país, o seu funeral, por outro lado, ficou marcado pela presença daqueles que integraram os principais personagens de sua obra. Ele tornou-se o porta-voz dos humilhados e oprimidos de sua época.



Resumos Relacionados


- Recordações Do Escrivão Isaías Caminha De Lima Barreto (resumo E Downl

- Vida E Obra De Lima Barreto

- Os Bruzundangas De Lima Barreto (resumo E Download)

- Clara Dos Anjos - De Lima Barreto (resumo E Download)

- Lima Barreto Iii



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia