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Lucíola
(José de Alencar)

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Lucíola foi publicado em 1862. O personagem-narrador Paulo descreve seu amor, através de cartas,  por Maria da Glória, apelidada de  Lúcia. Com longas metáforas José de Alencar critica o Rio de Janeiro e os costumes da sociedade brasileira  no período imperial.
Paulo chega ao Rio de Janeiro, procedente de Olinda, em 1855, com cerca de 25 anos. Em certa ocasião foi convidado por um amigo, a acompanhá-lo à Festa da Glória, quando sua atenção foi atraida por uma jovem e bela mulher chamada Lúcia, que, a principio, em sua simplicidade provinciana , não identificara como cortesã.
Ao ver Lúcia, tivera a impressão de já conhecê-la. De fato, mais tarde lembra-se de que já a tinha visto antes, no dia mesmo de sua chegada à cidade, em um carro elegante puxado por dois fogosos cavalos, e dissera ao amigo que o acompanhava: "Que linda menina! Como deve ser pura a alma que mora naquele rosto!" .
Lúcia era, assim, uma prostituta  de  suave e rara beleza, que a fazia parecer uma jovem inocente. Essa foi a impressão imediata de Paulo e que o levou a apaixonar-se, mesmo depois de saber quem era ela.
Na narrativa percebe-se o temperamento complexo de Lúcia; boa nas intenções, mas devassa na prática da vida que levava; interesseira e avara na conquista do dinheiro fácil e, ao mesmo tempo, generosa ao dar esmolas e ajudar a parentes.Ao parecer tantas numa só, seu lado amoroso  sobressai e ela se apaixona de maneira  romântica pelo jovem que nela descobrira bondade e ternura.
Durante a festa da Glória, Paulo foi apresentado a ela pelo seu companheiro, que a conhecia e fora seu amante. A partir daí passou a idealizá-la a cada dia mais, sempre lhe fazendo visitas inocentes e cordiais. Só algum tempo depois é que se tornaram amantes.
Paulo logo apaixonou-se  perdidamente com um amor que  ultrapassava a satisfação do sexo. Não a queria como uma mundana sensual, famosa pelos requintes no amor, e sentia que ela também, na maneira de tratá-lo, em seus beijos e carícias, o amava realmente. A prova maior disso foi o seu afastamento de tudo para dedicar-se a ele. Porém, logo brigaram, e ela voltou à vida antiga. Na rotina de brigas e reconciliações em que se enredaram, chegaram  à conclusão de que muito se amavam e se queriam.
Um dia  Lúcia contou-lhe a sua história. Sua família viera morar na Corte e viviam dignamente, até que a epidemia de febre amarela  atacou todos os seus: pai, mãe e irmãos.
Somente ela foi poupada, sendo obrigada a cuidar dos familiares. Assim, por necessidade, entregou o seu corpo a um ricaço de nome Couto, para conseguir ajuda e apoio. Morreram a mãe, a tia e dois irmãos; o pai, ao descobrir o que ela fizera , expulsou-a de casa. O caminho estava aberto para a  prostituição. Na sua nova vida, mudou de nome, pois se chamava realmente Maria da Glória.
Depois de uma longa viagem que fizera à Europa com um amante, de volta ao Rio só encontrou de sua família uma irmãzinha de nome Ana, a quem tomou sob sua proteção colocando-a em um colégio.
Essa confissão resultou em perfeito entendimento entre os dois, Lúcia foi morar numa casinha de Santa Teresa, em companhia da irmã. Retirou-se da vida fácil para receber apenas a visita de Paulo. Naquele bairro viveram os dois um idílio simples. Passeavam nos arredores de mãos dadas como dois namorados, e nessa busca da inocência perdida, ela até se recusava,  a ser de novo sua amante. A moça então, voltou a chamar-se Maria da Glória e ficou grávida de Paulo.
Mas o sonho que viviam durou pouco. Lúcia sofreu um aborto e,  recusando-se a tomar remédio para expelir o feto sem vida, faleceu de infecção, confessando a Paulo que o amava perdidamente desde o primeiro encontro. Pediu-lhe que cuidasse de sua irmã, a quem deixara em testamento a sua fortuna, como se fosse sua própria filha. 
 



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