Criatividade
(Eunice Soriano de Alencar)
Criatividade é uma versão modificada e ampliada do livro Psicologia da Criatividade, da mesma autora Eunice Alencar. Assim, abordarei neste resumo outros aspectos que complementam o resumo anterior.
Criatividade e o papel dos hemisférios cerebrais (Katz – 1978)
Cada hemisfério cerebral tem sua especialidade:
· o esquerdo mais eficiente nos processos de pensamento descritos como verbais, lógicos e analíticos (confirmar, elaborar e comunicar) pensa em palavras.
· o direito especializado em padrões de pensamento que enfatizam percepção, síntese e o rearranjo geral de idéias. (perceber problemas familiares sob um novo ângulo e rearranjar as idéias) relevante para a criatividade musical e artística, uso de metáforas, intuição e outros processos geralmente associados a criatividade. Pensa em imagens, imaginação e capacidade de insight.
Herrmann(1990) novos estudos – criatividade não é um talento único, mas uma combinação de diferentes tipos de pensamento – analítico, verbal, intuitivo e emocional – cada um controlado por uma regiao distinta do cérebro. Destaca ainda que cada individuo tem um estilo de pensamento dominante de acordo com a preferência por um dos quatro tipos já relacionados.
Influencias sociais na criatividade
Zeitgeist – espírito da época, clima psicológico ou social que predomina em uma determinada sociedade ou entre um determinado povo. Tudo que esta ao nosso redor: família, escola, educação, cultura, sociedade, fatores individuais, intrapessoais, interpessoais.
Interação entre eles que determina a criação. Rejeição de idéias que hoje são mundialmente necessárias, casos como: energia elétrica(Thomas Edisson), geladeira, submarino, avião a jato(físicos alemão e inglês?), circulação sanguínea(Harvey), teoria dos germes(Pasteur).
Assim Csikszentmihalyi, 1988, percebendo esses acontecimento chegou a conclusão de que o que denominamos criativo não é um atributo do individuo e sim do sistema social que fazem julgamentos sobre o individuo, assim defende que o conjunto de fatores de época, lugar, pessoas e condições sociais e culturais em interação com as potencialidades do individuo que fazem
emergir objetos e comportamentos a que denominamos criativos.
Contexto social e familiar é muito importante – diversos fatores são expostos e relaciona o perfil de uma sociedade ou contexto social propício a criação, barreira, etc.. – muitos fatores, influencias, etc. são relacionados, incentivos ou rejeição.
Barreiras individuais e emocionais da criatividade – por isso temos de trabalhar o nosso auto desenvolvimento:
· negativismo, dificuldade em considerar pontos de vista alheios
· desconhecimento de seus próprios recursos internos, potenciais e capacidades;
· medo do ridículo e da crítica
· preferência por julgar idéias, ao invés de gera. Sempre criticando em vez de elaborar e testar.
· ansiedade. Para estar aberto as próprias idéias é indispensável que os vários ruídos internos como preocupações, ansiedades, medos, sejam também reduzidos ao mínimo. Esse sentimento – ansiedade – leva o individuo a apegar-se a primeira resposta para um problema e a não tolerar
situações ambíguas ou pouco estruturadas.
· Alamshah , 1972, comenta: “uma das condições para a criatividade é a receptividade, e nós não podemos estar receptivos a novas imagens, a novas idéias, se estivermos perturbados pelas vozes da ansiedade e do medo”
· barreira muito comum de natureza cultural como considerar a fantasia e reflexão como perda de tempo.
· Consideração da tradição como preferível à mudança
· Ênfase na razão, lógica, utilidade e desvalorização da intuição, sentimentos e julgamentos qualitativos
· Auto-conceito, criado nos primeiros anos de vida e fortalecido pela convivência com agentes socializadores – pais e professores. Afeta todas as áreas da personalidade. Um dos fatores não intelectuais que mais influenciam na produção criativa e é muito importante para o ajustamento e desenvolvimento do individuo. Crenças e baixa auto-estima, auto confiança e visão negativa de si mesmo. Sentimento de inferioidade.
Concepção feita de si mesmo. Se percebe como incapaz ou pouco criativo ele orienta seus pensamentos e ações no sentido de confirmar tal auto-imagem.
Imagem subjetiva que temos de nós e que passamos a vida tentando manter e melhorar. Conjunto de Crenças e atitudes sobre si mesma, sendo altamente influenciado pela sua percepção do que os outros pensam dela. O que se ouviu enquanto criança, relacionado a beleza física, força, popularidade, - que graça de criança! Ou ao contrário que impertinente! Somos vulneráveis a essas respostas principalmente das que vem da mãe. Experiências de fracasso e sucesso, criticas e elogios. Atitude critica que se desenvolve desde muito cedo. Conforme o auto conceito também interpretamos o sucesso de formas diferentes – claro – tudo é interpretado conforme o conceito que se tem de si.
O sucesso para crianças com auto conceito positivo de entende por habilidade – fatores internos - e para as com auto conceito negativo é sorte ou seja nada provem de si e sim do externo. Assim
a experiência de sucesso não tem valor reforçador para quem tem auto conceito negativo. Nesse caso percebe-se e assimila-se só o que está relacionado e de acordo com a imagem que faz de si mesmo. Mudanças são difíceis, mas experiências superficiais podem ser úteis – longo prazo e de forma lenta.
Como o simples fato de chamar a pessoa pelo nome, de cumprimentá-lo de forma amistosa, elogiá-lo pelo desempenho ou fazer referencia a um aspecto positivo, ajuda a criar um sentimento de valor pessoal.
No livro a autora busca se ater mais no assunto de AUTO CONCEITO – por ser mais importante. Assunto amplo que pode ser estudado a parte.
Olhando tudo isso, descubro novamente que a chave está no auto conhecimento e que até mesmo nossa criatividade pode ser desenvolvida e aprimorada através disto. Descubra-se criativo!
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