Resumo de A transformação da Era Medieval

Síntese: A transformação da era medievalA transformação da era medieval para a era moderna, não foi uma ruptura brusca como em todos os momentos da história, alguns pontos iniciais e posteriormente a mudança da atitude humana frente ao mundo e suas crenças proporcionaram a mudança que vai acorrendo durante anos, o domínio do homem sobre a natureza com formas novas de tecnologia e um conhecimento útil, irão implementar uma nova consciência no homem.A tentativa de conciliar fé e razão era um grande desafio desta época, o que mais tarde viria a ser uma ruptura, mas o impulso inicial era de que a razão seria uma serva da fé, assim como a filosofia era serva da teologia, para que os homens melhor compreendessem a fé e naquilo ao qual acreditavam.Neste contexto de conciliar a fé com a razão os caminhos foram se estreitando de tal maneira que com o pensamento lógico de Aristóteles agora fortalecido, colocava o homem também em uma realidade mais provável e experimental, o que culminaria no processo de separação destes dois conceitos.Tomas de Aquino um dos destaques da escolástica, e o maior a tentar conciliar fé e razão, tem seu apoio em Aristóteles e sua lógica a busca e fundamentação. Para Tomas a razão não poderia contradizer a fé, e sim em uma busca experiencial do mundo físico ajudaria a aprofundar a fé e um maior conhecimento da sabedoria divina.Valores como a liberdade, razão e a autonomia do homem, ganharam um maior valor em Tomas, onde para ele esses valores em nada diminuíam a grandeza divina e sua onipotência, e até mesmo pela ordem do universo e da criação Deus quis o homem sua imagem livre, e com o uso da razão buscando com sua vontade transcender o mundo imanente, e chegar a seu destino espiritual.Com Platão e Aristóteles, Tomas de Aquino da uma nova valoração para o homem, deixando ele de ser apenas iluminado por Deus, para passar a ser agente do conhecimento, aquele que busca e pode encontra-lo, sendo está uma mudança fundamental, onde agora o homem busca através de sua vontade chegar a Deus e, até mesmo ser como Deus era, que era o fim desejado pelo homem.A introdução de Aristóteles no mundo medieval trouxe também uma maior admiração pela natureza, e com isso uma investigação lógica e científica do mundo físico, Tomas usou deste mérito para conciliar a fé com a razão, sendo uma sustentáculo para a outra, e a filosofia racional enriquecendo a teologia e a própria fé.Com a perda da primazia e do poder da igreja, o pensamento secular foi tomando cada vez mais força, e com ele também novos questionamentos foram surgindo, e sendo ele guiados pela razão lógica aristotélica, alguns conceitos não mais combinavam com o conhecimento objetivo da fé cristã, por exemplo a cosmologia de Aristóteles. Dentro deste contexto o pensamento secular seguiria apenas a razão humana, mesmo que isso pudesse contradizer as verdades da fé. Dante introduz uma nova visão do cosmo, unindo a teoria aristotélica, ptolomaica e a cristã, dentro de uma visão apresentada pelos gregos.A crítica que o pensamento de Aristóteles trouxera para a idade média era posta agora também a uma crítica lógica, a igreja perdia seu prestigio cada vez mais, o pensamento secular agora se baseava em experiência e comprovações.Ao final da era medieval Ockham trouxera novo vigor a crítica, e diz que somente a experiência concreta poderia trazer conhecimento concreto e, nega a possibilidade do universal, afirmando que somente é possível pensar o universal como conceito da mente e, fora dela só existe o individual.A nova forma de pensar e conhecer, somente com experiência concreta, fazem com que a filosofia racional se afaste das verdades religiosas. O problema para Ockham sai da esfera metafísica de saber como o particular parte pra o transcendente, mas agora de como os conceitos universais agora chegam ao individuo.Após o período onde o racionalismo humano é tomado não mais como iluminado pela fé, e passa a ser mais uma vontade da busca do homem para algo transcendente e para a busca do conhecimento do mundo físico, um novo modo de pensar vem ressurgindo.A crença no homem passa a ser cada vez maior, com o ressurgimento dos textos clássicos Petrarca busca resgatar a glória do próprio homem, homem este que é o centro da criação divina.Com o surgimento de um humanismo, inspirados em uma ética não-cristã do platonismo e neoplatonismo há o surgimento de uma aproximação do pensar, onde as teorias platônicas seriam universais e a manifestação delas estariam no cristianismo, onde o homem seria capaz de buscar dentro de si a imagem do divino.O novo vigor dado agora as teorias de Platão, em especial no platonismo e no neoplatonismo deram uma maior dignidade e elevação ao homem, onde tudo deixava de ser tão absoluto, e o dualismo entre Criador e criatura deixava de ser tão distante, sendo que o homem ganhou um status mais divino.Após o novo ressurgimento das obras de Platão que inspirou os humanistas e um novo status do homem perante o cosmo, o estado mais crítico, experimental e científico do homem são os caminhos para o surgimento de uma nova era na humanidade, onde culminam da reforma e na revolução científica na era moderna.

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