Felicidade, Amor, Amizade: A sabedoria de Antoine de Saint-Exupéry
(Antoine de Saint-Exupéry)
Felicidade, Amor e Amizade: A sabedoria na obra de Antoine de Saint-ExupérySuas idéias nos levam a refletir sobre nossa própria existência, nossos relacionamentos e o mundo em que vivemos.O terceiro filho do Conde Jean de Saint-Exupéry e de Marie de Fonscolombe nasceu em 1900 em Lyon, na França e foi premiado e traduzido em mais de 130 idiomas.Contava com 26 anos quando se tornou piloto. Foi um dos primeiros a realizar vôos noturnos em aparelhos a hélice e de pequeno porte, com pouco conforto ou segurança. Suas experiências e as aventuras dos legendários, companheiros do correio aéreo que criaram as primeiras rotas internacionais da Europa à África e à América do Sul, serviriam de inspiração para sua segunda paixão: a literatura.Sobrevoando o deserto do Saara e os Andes, Saint-Exupéry pôde enxergar e detalhar um belo céu envolvente e repleto de astros e da Terra, mas também pensar a respeito das limitações da grandeza da natureza humana. Disso provém a energia de suas palavras, cheios de trechos não só de sua vida pessoal mas também profissional.O acidente de avião no Saara em 1935 e até mesmo as raposas com que fez amizade no local em 1927, por exemplo, estão presentes na fábula de O Pequeno Príncipe. Já a paisagem dos Andes e a forte ligação com os companheiros embelezam trechos de Terra dos Homens. Sua luta para lidar com os aspectos da natureza humana revelados durante a Segunda Guerra Mundial aparece em Cidadela, manuscrito que não concluiu e guardou com ele nos últimos anos de vida, assim como em Escritos de Guerra, coletânea de artigos, notas e cartas para a família e os amigos, produzidos entre 1939 e 1944 e publicados quarenta anos após a sua morte.FELICIDADEDoar é estabelecer um caminho de ligação que passa acima do penhasco do seu isolamento. (Cidadela)É necessário tolerar algumas larvas de insetos se quiser ter idéia de como são as borboletas. (O Pequeno Príncipe)AMIZADEA criatura humana não dispõe mais tempo para compreender nada. Compram praticamente tudo pronto no comércio. Não havendo lojas que vendam amigos, as pessoas não conseguem comprá-los e ficam sem amigos. (O Pequeno Príncipe)Quem não é igual a mim não me faz mal, muito pelo contrário, estes me enriquecem. A união se baseia em qualquer coisa mais nobre e superior a nós seres humanos...Ninguém deseja escutar somente a si mesmo nem se deparar somente com a visão espelhada de si mesmo. (Piloto de Guerra) AMORA vivência demonstra que a afetividade não é somente ver um ao outro mas é também enxergar em conjunto para um mesma lado ou sentido da caminhada. (Terra dos Homens)Amar não é raciocinar, mas é um estado de espírito, é a condição de ser amor. (Piloto de Guerra) RESPONSABILIDADENão lembramos mais da verdade dita pela raposa: As pessoas esqueceram esta verdade”, disse a raposa: nos tornamos responsáveis por longo tempo por tudo aquilo que criamos estima e simpatia. (O Pequeno Príncipe) A sentinela é dominada pela disciplina do cabo, que sendo seu superior, a vigia. Da mesma forma os cabos se submetem à um conjunto de obrigações dos sargentos que os vigiam. Assim é para os sargentos vigiados pelos capitães que os vigiam até chegar a mim. Não possuo mais que Deus para me guiar. Se não confiar Nele, será como uma entrada fictícia numa região árida e despovoada. FORÇA MORALOs temporais, o nevoeiro e a nevasca serão um estorvo em certas ocasiões. Considere então que muitos antes também enfrentaram e superaram isso e repita para si próprio: se para outros foi possível para mim também será. (Terra dos Homens)Ganhar, perder – são termos sem significado. A existência está abaixo de questões superficiais e sempre nos apresenta novas questões. Uma conquista fragiliza uma nação, uma perda acorda outras nações. O que importa é o tempo de agora e o que de fato ocorre neste exato momento, o que está em curso e não o que está por vir. (Vôo Noturno)O ESSENCIALMuito mais desafiador do que criticar e analisar os outros é avaliar a si próprio. Se alguém é capaz de analisar bem a si mesmo, evidencia que é um sábio de verdade. (O Pequeno Príncipe)Há pessoas que cultuam e se devotam aos números. Quando falamos de uma nova amizade, estas, nunca querem conhecer e ouvir como o amigo é de fato. Nem questionam: ‘como é o timbre da sua fala? Quê tipo de brinquedos ele mais gosta? Ele faz coleção de algum tipo de inseto?’ Contudo, invariavelmente querem saber: ‘Quantos anos ele tem? Qual a quantidade de irmãos? Quantos quilos ele pesa? Qual o salário do pai dele?’ Somente assim as pessoas acreditam que chegam a conhecer alguém.O principal numa vela não é a parafina que faz marcas, entretanto, é a luminosidade que ela promove. (Cidadela)Os conflitos militares marcaram o autor, que deixou a França invadida para exilar-se nos Estados Unidos. Depois de publicar ‘O Pequeno Príncipe’, em 1943, Saint-Exupéry se alista novamente na Força Aérea Francesa e em 1944 desaparece numa missão de reconhecimento sobre o Mediterrâneo. Seu corpo não foi encontrado. Permaneceram seus textos para que todos possam lê-los e senti-los com o coração, na busca pelo entendimento daquilo que é essencial.
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