Sucesso na Profissão
()
Sucesso na profissão?Entre tantas dúvidas próprias da idade jovem, ressalta-se aquela que envolve a escolha da profissão. Ao concluir o ensino médio, os jovens optam por uma atividade, dentre várias que a vida começa a lhe apresentar. Grande parcela se encaminha para os vestibulares. Alguns sonham com uma oportunidade de estágio numa empresa conceituada. Outros buscam os concursos.É nessa fase que começam a sair para o mercado de trabalho e a escolha parece se revestir de maior dificuldade. O que fazer? Buscar aquela atividade profissional que realmente gostaríamos de realizar ou a que garantirá um futuro melhor?Pergunta-se: "Em qual atividade profissional me sentirei mais útil?" Seria a do médico, talvez a do professor, executivo ou a do cientista?Por outro lado, o bom-senso nos demonstra que o motorista de ônibus, o jornaleiro, a babá, a lavadeira, o padeiro e tantos outros “esquecidos” desempenham um papel tão importante quanto qualquer outro. Seguir a vocação ou o desejo do sucesso? A vocação poderia ser entendida como um impulso natural. Na adolescência e desde a infância a pessoa já apresenta comportamentos que são “sinais” das aptidões. Daí a importância do autoconhecimento como diretriz segura para a escolha profissional. Buscar entender que tipo de trabalho lhe traria satisfação, com qual profissão se identifica mais, são condições indispensáveis para um futuro mais feliz. Responder, de forma satisfatória, a todos estes questionamentos é o grande desafio do jovem, com relação às profissões. Porque pode ser, e não raro, é influenciado pela família, pela mídia e pela sociedade.Na “Revista Veja”, de 04 de Junho de 2003, uma reportagem especial destaca o tema “Sucesso na Profissão” e apresenta 17 carreiras promissoras e a receita de 607 profissionais para vencer na vida. Uma ampla pesquisa foi realizada e um perfil foi traçado para estes jovens profissionais considerados bem sucedidos. Algumas características em comum seriam os altos salários e o elevado nível de aperfeiçoamento profissional através de cursos, especializações, mestrados. Além disso, constatou a pesquisa, por exemplo, que sessenta por cento deles não realizam nenhum tipo de trabalho voluntário. Um dado expressivo e que merece a reflexão ponderada. Constata-se hoje a busca e a supervalorização das profissões que dão maior retorno financeiro, 'status' social e que são reconhecidas como mais importantes. Todas, contemplando no mínimo, a formação acadêmica. Não estão incluídas nessa “cultura” as atividades tidas como mais simples, de mão-de-obra, por exemplo, termo aliás que já está caindo em desuso. Há palestrantes da área organizacional que sugerem substituí-lo pelo termo “cérebro-de-obra”, em função da necessidade de migrarmos definitivamente para uma sociedade cujo trabalho se fundamenta no conhecimento e na informação que, de alguma forma, também acaba por promover o desenvolvimento das pessoas na condição de funcionários ou colaboradores. Nestes tempos, não basta buscar um lugar ao sol, é preciso buscar o melhor lugar, esse é o padrão dominante no perfil de quem busca uma colocação no mercado.Assim, o jovem se lança na sua escolha à profissão mais rentável e não a que lhe pareça mais prazerosa ou gratificante, do ponto de vista da utilidade e capacidade alinhada com suas aptidões naturais.O jovem, por si só, traz consigo um ideal de melhorar o mundo (ideal este muitas vezes esquecido no adulto); deseja colaborar, doar-se. Mas, se perder o “foco” de sua vida, em função do “sucesso a qualquer preço” poderá estar se infelicitando ao represar a vontade natural de contribuir para uma sociedade mais igualitária e humana.Não suportando muitas vezes o “fracasso” acaba, a pessoa buscando até mesmo pelo suicídio uma “saída” para os problemas. Tudo motivado pelo orgulho alimentado desde a infância, pelo padrão que a mídia estabelece "sugerindo" o que é ser bem sucedido. Vejo com bons olhor, por exemplo, mudar de curso, experimentar empregos e atuações totalmente distintas, aliás isso é muito válido. Quantos profissionais há que foram capazes não só de mudar de vida e virar a mesa, mas mudaram radicalmente de profissão, empreenderam negócios próprios ou abriram novas frentes cursando uma nova e totalmente diferente graduação. Assim, não espera-se minimizar nem engrandecer qualquer profissão. Todas são nobres e dignas quando exercidas “com paixão”. Entendemos que a questão é justamente a valorização de determinadas possibilidades de carreira profissional em detrimento de outras, simplesmente, porque não tivemos a capacidade de apreciá-las isentos de pré-conceitos e seduções do mundo corporativo.Temos o direito de querer avançar intelectualmente e materialmente, assim como é lícito a busca por adquirir experiências diferenciadas até o momento em que, mais conscientes das profissões e trabalhos mais compatíveis com nossas competências, possamos de fato optar e escolher então a profissão definitiva. Que seja então, a escolha da profissão orientada pelo discernimento! Resumo com base em artigo publicado na Revista Veja Edição 1805, ano 36, nº 22 – 04/06/2003 – “Sucesso na Profissão”
Resumos Relacionados
- Profissões Promissoras - As Profissões Do Séc. Xxi
- Ajude Seu Filho A Vencer Na Vida 8 Dicas Para Você Estimular A Criança A Ter Sucesso Profissional
- “carregar O Piano” Ou Ser O “pianista”!
- Quais São Ética Profissional?
- Sonhos E Realidade Devem Andar De MÃos Dadas
|
|