O homem à procura de si mesmo
(Rollo May)
O autor é um dos maiores psicanalistas do século XX e apresenta alternativas paras as crises e dificuldades da criatura humana e como adquirir conhecimento de si mesmo, libertando e encorajando a viver. Tornar-se uma pessoa é um, senão o mais importante empreendimento de nossas vidas.Apesar de ter sido escrito em 1953, a abordagem do autor é totalmente atualizada e alinhada com as questões atuais da humanidade.A autoconsciência é apontada como o caminho mais certo para a liberdade e a humanização das pessoas. Já no prefácio, Rollo May afirma que uma das poucas alegrias da vida numa época de agitação e stress ocorre quando somos obrigados a tomar consciência de nós mesmos. E é assim que, não encontrando na sociedade e nem em seus padrões e valores um referencial seguro, nos lançamos à busca de nós mesmos. É preciso “optar por si mesmo” não de forma egoística, mas de forma autônoma.Fruto de sua experiência em inúmeros atendimentos terapêuticos, o autor trata com profundidade pouco vista temas como solidão, liberdade, ansiedade, perdas, doença, crises existenciais, vazio existencial, ódio e ressentimento, dependência, autenticidade, maturidade e virtude. No capítulo “a consciência criativa” o autor pergunta: A religião seria um manancial de força ou de fraqueza? O livro é quase uma ciência particular adquirida pelo psicoterapeuta no contato com pessoas que lutam para resolver suas questões existenciais. Também afirma que uma ciência qualquer que use certa metodologia e venha a rejeitar todas as outras formas de experiência humana que nela não se encaixem, torna-se dogmática e defensiva, não sendo, portanto uma verdadeira ciência.Em certo momento mostra como a aceitação social, a busca pela sensação de ser estimado tem tanta importância, mantendo-nos com a sensação de que não estamos sós, porém, esquecendo a solidão estaríamos renunciando à nossa própria existência como personalidade independente. A ansiedade, por exemplo, seria prova da existência de um conflito psicológico ou espiritual. Segundo o autor, o principal argumento da obra é que os talentos e a iniciativa de cada pessoa devem ser redescobertos e empregados para sustentar um trabalho que contribua para o bem da comunidade, em lugar de perder-se no meio do caldo da coletividade e da conformidade que a massificação nos impõe.Saber o que se quer seria a forma mais efetiva na pessoa madura para escolher seus próprios valores. A característica de alguém assim é ter sua vida integrada às metas por ele mesmo escolhidas.O autor não se limita a questões mais técnicas da psicanálise ou da psicologia e tem uma incrível capacidade de aliar a terapia com grandes idéias e pensamentos, a obra está permeada de filosofia autêntica, analisa com uma compreensão incomum Shakespeare, Nietzsche e até mesmo ensinamentos de Jesus, que aliás, são interpretações interessantes, bem distintas do que as religiões costumam dar.Definitivamente não é um manual nem um livro de auto-ajuda, não apresenta receitas “água-com-açúcar”, fórmulas mágicas e nem soluções superficiais. É algo profundo, sério e muito valioso. Não há como ficar indiferente às reflexões que o livro suscita no leitor.A experiência de tornar-se pessoa é ao mesmo tempo a mais simples e mais profunda de nossas vidas.
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