Pré-Edipiano (Psicanálise)
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Pré-edipiano qualifica o período do desenvolvimento psicossexual anterior à instauração do complexo de Édipo (aproximadamente antes dos 3 anos): nesse período predomina, tanto no menino quanto na menina, o apego à mãe como objeto.
Este termo só aparece muito tardiamente, quando Freud é levado a estudar a sexualidade feminina e, em especial, a insistir na importância, na complexidade, na duração da relação primária entre a menina e sua mãe (édipo negativo). Esta fase existe também no menino, mas é menos longa, menos rica em consequências e mais difícil de diferenciar do amor edipiano, visto que o objeto não se mantém o mesmo.
Do ponto de vista terminológico, convém distinguit nitidamente os termos "pré-edipiano"e "pré-genital" frequentemente confundidos. O termo pré-edipiano refere-se à situação interpessoal (ausência do triângulo edipiano), e o termo pré-genital diz respeito ao desenvolvimento da sexualidade (oral, anal e fálica). É claro que o desenvolvimento do Édipo desemboca, em princípio, na instauração futura da organização genital na puberdade. Mas não podemos fazer coincidir a fase da genitalidade e a plena fase da escolha de objeto definida no Édipo, porque a experiência mostra que pode haver uma atividade genital satisfatória sem Édipo ainda consumado, e também que o conflito edipiano pode ocorrer em registros sexuais pré-genitais, principalmente no caso do menino.
Poderemos falar, com rigor, de fase pré-edipiana, isto é, de uma fase emque só existiria, de forma exclusiva, uma relação dual mãe-criança? Não, porque no menino, justamente quando predomina a relação com a mãe, observa-se que o pai está presente como "rival importuno". Já na menina, poderemos falar de fase pré-edipiana, pois ela só atinge a situação edipiana positiva normal depois de ter superado um preíodo prévio, em que reina o "complexo negativo", desde seu nascimento.
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