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Literatura Brasileira: regionalismo
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Literatura Brasileira: regionalismo

Há muita discussão acerca da denominação "regional", empregada àquelas produções que não são oriundas dos grandes centros culturais. A palavra é problemática por si, no fim das contas, o que quer mesmo dizer essa palavra: regional? Em sentido amplo, tudo é região. Dependendo do que se quer chamar de região.
Antonio Candido, o principal pensador da literatura brasileia de todos os tempos, notou com precisão: no Romantismo, os registros da natureza e do mundo rural correspondiam a uma consciência amena do atraso,quer dizer, a uma percepção de que esta terra brasileira era mesmo diferente da Europa, era atrasada, mas isso não era motivo de tristeza, porque o artista de certo modo se regojizava com o desenho da paisagem atrasada; já nos anos de 1930, dada a evolução das coisas, ocorreu aos escritores uma consciência catastrófica do atraso, em que o mundo rural passou a figurar não como elemento identitário, muito menos ufanista, e sim como signo de problema social. E foi justamente essa capacidade crítica, presente em 30 mas ausente no Romantismo (e não claramente formulada na geração naturalista acima mencionada, nos fins do século 19, geração que foi mais lamentativa do que analítica), que garantiu ao romance de Graciliano e seus contemporâneos certa universalidade, no sentido de obter certa capacidade de falar a todos e a qualquer um.
O mesmo Candido apontou que, ao fundo da questão regionalista, deve-se levar em conta que o principal da cultura brasileira é mesmo urbano; acresce que alguns autores das províncias ocupados com o tema rural bem merecem ser qualificados como regionalistas mesmo, no mau sentido do termo, porque tratam o homem do campo como exótico, como um ítem da paisagem, e não como um ser complexo. Candido provavelmente o denominou dessa maneira porque foi desenvolvido no período romântico e incorporou os princípios de uma descrição pitoresca da terra e de seus tipos humanos. Na época, esse trato temático foi chamado de sertanismo, por descrever tanto o sertão como o seu habitante de forma idealizada. O regionalismo romântico teve seu mérito por trazer o tema sertanejo para dentro da literatura brasileira. Impregnado de nacionalismo, o primeiro influxo regionalista da literatura brasileira segue os modelos franceses e propõe o estudo do folclore através dos contos, cantos e lendas do povo que serão usados pelos escritores afiliados a essa corrente para a construção literária da cultura nacional.

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