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Monstros que Somos
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       Seres absolutamente desprovidos de um conjunto harmônico de conduta rasuavelmente aceitável por qualquer irracionalidade que, no infinito de sua inocência, consegue viver e sobreviver em constelações que nós, pacos manifestos da vida que somos, costumamos chamar de sociedade. Seria muita grandeza se atingíssemos o raro privilégio de convivência coletiva, que infelizmente só os irracionais a possuem. Somos seres sim. Não sabemos ainda, e talvez jamais saberemos, em que essência dessa suprema expressão, podemos nos encaixar. Cilindrados em nossos miseráveis e fomigerados pensamentos, centrados naquilo que chamamos de eu ou algo familiar, vamos nos prendendo, a cada passo do senhor das ações, na atomicidade primitiva que pregava a unidade esférica e indivisível que dava sentido a tudo. Seres redondos, sem recantos nem encantos, munidos de legados que pregam a valorização da existência, e vazios de sentimentos concretos que facilitem pelo menos nossa locomoção nas superfícies inclinadas que nos são servidas pela vida. Bailamos e lacrimejamos nossa racionalidade que teima em nos encaminhar pro esmo da peregrinação em busca da liberdade do super ego que não permite que afloremos para a comunhão que o universo paterno nos doa. Monstros que somos, talvez tenhamos de buscar na formação dos vácuos, onde tudo cai, o por quê de tanta busca, de tanta ansiedade em crescer, em aparecer, em ser superior, se tudo isso só nos traz a certeza que um dia haveremos também de tombá. Seria realmente importante ser, se junto a isso viesse agregada a clareza de que o outro também é. Para tanto, se faz extremamente necessário, que as mazelas de relacionamentos que fecundamos no ventre de nossas angústias, sejam castradas de nosso convívio e não somente tratadas como doenças, pois se assim fossem, eram tratáveis, e não o são. As inversões de valores que tomaram corpo em todo esse contexto, só tem feito crescer nossa monstruosidade. É imprescindível que busquemos extirpar de vez esse câncer que nos tormenta e impede que expressemos o quão seres humanos somos, e não apenas "monstros".



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