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Alfama- Análise da Habitação
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O bairro de Alfama mantém um traçado apertado de becos, vielas e escadinhas, mesmo após o terramoto de 1755, que abalou fortemente esta zona da cidade de Lisboa. Nele vive uma população fortemente enraizada em que o tecido urbano propicia essas relações de vizinhança. A apropriação do espaço, que é muito intensa, produz formas muito próprias dessa cultura. A maioria dos edifícios do bairro de Alfama foram construídos antes de 1919 e, entre 1919 e 1945, sendo muito poucos os construídos depois dessa época. Em termos de habitação, além da sua data de construção, é necessário perceber o estado de conservação dos edifícios. Mesmo que sejam antigos, o que é o caso, se a grande maioria tiver recebido obras de restauro demonstra uma revitalização urbana. É comum que edifícios desta época de construção não se mantenham iguais. Além de o tempo se encarregar de os deteriorar, a população residente faz sempre alterações para seu conforto. As habitações não se podem manter iguais ao início do século pois a população mudou e, os níveis mínimos de conforto daquela época alteraram-se. Como não tinham quarto de banho, as varandas ou os jardins traseiros eram ocupados para esta finalidade. Contudo, grande parte das habitações não têm espaço para onde se desenvolverem assim, é comum apenas terem uma pia. Muitos prédios sofreram obras gerais de canalizações para poderem receber uma instalação sanitária e uma cozinha. Um facto que preocupa é o estado de degradação dos edifícios em Alfama. Os processos de construção é a técnica utilizada na reconstrução do bairro, após o terramoto de 1755 foram levados a cabo por populações de fracos recursos económicos e técnicos que não cumpriram padrões tecnológicos como os utilizados na reconstrução da baixa de Lisboa. A este cenário ainda se juntou as múltiplas intervenções que se foram fazendo até agora como: o aumento do número de pisos, à escavação de caves na encosta, à ocupação de logradouros e saguões levando a problemas maiores como: risco de estrutura dos edifícios, desvio de cursos de água levando a infiltrações, retirada da capacidade de respiração e ventilação da maioria das habitações. Ainda assim, grande parte das intervenções foram feitas de modo clandestino e, na quase completa ausência de enquadramento técnico, como havia sido feito após o terramoto de 1755. Cerca 400 edifícios em Alfama têm necessidade de ser reparados, contudo, apenas uma pequena parte, aproximadamente 100 é que não necessitam de qualquer tipo de reparação. É preocupante o elevado número de edifícios que necessitam de grandes reparações e, dos que já se encontram muito degradados. A grande maioria, apesar de serem muito antigos não levaram qualquer tipo de obras de reparação ou conservação. Muitos destes edifícios chegaram a este estado de degradação também porque Alfama nas últimas décadas serviu de entreposto de mobilidade social de populações que vinham trabalhar para Lisboa e que faziam do bairro um local de residência temporária, não investindo nas habitações as suas economias.Os que foram ficando e, não regressaram a terra de origem criaram mecanismos de adaptação às fracas condições de salubridade oferecidas, não investindo na recuperação das suas casas. Outro problema para o estado de degradação dos edifícios é a instalação de cozinhas e casas de banho em alojamentos carenciados deste género de equipamentos. Como a estrutura de muitos edifícios em Alfama é de madeira, a introdução de canalizações levou a infiltrações, acentuando o desgaste.Por fim, o bairro nas últimas décadas atingiu níveis de abandono elevado, afastando investidores públicos e privados que, em conjunto com o quadro de arrendamento que é geral por todo o bairro, ou seja, os baixos valores de arrendamento, muito vieram a contribuir para a progressiva degradação do edificado de Alfama. Há um tipo de construção que se destaca dos outros: ‘paredes de alvenaria argamassada sem placa’. Destaca-se ainda mais em edificios com 4 pisos, comprovando assim, que os pavimentos ainda são de madeira. Poucos são os edificios que têm lajes em betão, ou seja, que apresentam ‘placa’. Contudo, um dado relevante e que em cidades apenas parecem em centros históricos, é o número de edifcios construidos em adobe, taipa ou pedra solta. È muito comum em aldeias mas, menos usuais em cidades, pela facilidade de regeneração urbana. Como em Alfama, a regeneração urbana é muito lenta, ainda se mantêm. Assim, este material é muito comum em edificios mais baixos com 3 pisos de altura.Edificios construídos em betão são quase nulos aplicando-se apenas em edificados mais altos. Para um melhor aproveitamento do espaço, já que as ruas são estreitas e não há possibilidade de fazer crescer os apartamentos para as ruas, os edifícios tiveram tendência a sofrer acrescentos, aumentando o número de pisos, de maneira que a maioria dos edificados tem 4 pisos ou mais.



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