A Nova Transa da Pantera Cor-de-Rosa
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Comédia, 4° filme da série com o Inspetor Clouseau. Após três anos de sua internação, o ex-Inspetor Chefe Dreyfuss, da Sûreté Nationale, consegue escapar do manicômio penitenciário. Obcecado em vingar-se daquele que seria o responsável por seu estado de demência, e que o sucedeu na polícia, Dreyfuss elabora um plano mirabolante para matar o atual inspetor chefe, o atrapalhado Jacques Clouseau. Reúne então os maiores bandidos do mundo e, formando uma terrível organização criminosa, seqüestra o físico Dr. Fassbender, obrigando-o a construir uma arma poderosíssima capaz de destruir uma cidade inteira em minutos. Enquanto Clouseau é enviado para a Inglaterra a fim de auxiliar a Scotland Yard no seqüestro de Fassbender, Dreyfuss chantageia o governo dos EUA, exigindo Clouseau em troca da vida de milhões de seres humanos. Tem início, então, uma verdadeira caçada ao Inspetor, com os governos dos mais diferentes países enviando agentes para matar Clouseau.Após uma aparente crise de má vontade, que o levou a realizar o fraquíssimo A Volta da Pantera Cor-de-Rosa, o diretor-produtor-autor Blake Edwards pareceu enfim retomar o gosto pela coisa e fez um filme que, se não se compara à Pantera Cor-de-Rosa original, pode ser considerado tão divertido quanto o segundo, Um Tiro no Escuro. Mesmo que o diamante que dá nome à série sequer seja citado, não havia como não manter o título famoso, colocando o felino dos desenhos animados novamente como estrela nos créditos iniciais e finais. Não se brinca com tradição, e é seguindo a tradição que o roteiro (novamente co-escrito por Frank Waldman) procura criar oportunidades para o protagonista Peter Sellers dar mostras de seu incomparável talento. Aqui, Clouseau disfarça-se de corcunda, dança tango com um travesti, exercita-se em barras paralelas antes de interrogar os empregados de Fassbender, cai seguidas vezes num fosso tentando invadir o castelo de Dreyfuss, aspira um gás hilariante junto com seu arqui-inimigo e seduz sem querer a bela agente russa que planejava matá-lo (graças à atuação de Omar Shariff, fazendo uma ponta não creditada como assassino egípcio). É impressionante a capacidade de Sellers em fazer rir mesmo quando é previsível, como no momento em que atrapalha-se todo para tirar a roupa, no final. Mas desta vez o filme não largou tudo nas costas do astro Sellers. Novamente como Dreyfuss, Herbert Lom repete os ótimos tiques nervosos e sofre o diabo por causa de Clouseau, mas, como seu nome nos créditos, também o seu espaço foi ampliado. Alucinado, Lom transforma-se numa espécie de Fantasma da Ópera tocando órgão num cenário gótico, sofre de dor de dente e é co-responsável pela engraçadíssima cena do gás hilariante. Embora longo, este A Nova Transa da Pantera Cor-de-Rosa (The Pink Panther Strikes Again, Inglaterra/EUA, 1976) também reserva algumas boas piadas como a do presidente americano que só pensa em futebol e tem um assessor que é a cara de Henry Kissinger. E, graças à trama internacional com um vilão maluco tentando dominar o mundo, fica com cara de paródia aos filmes de James Bond. Na trilha sonora, Henry Mancini repete o tema clássico, sem no entanto acrescentar composições interessantes à ação. Como curiosidade, vê-se novamente o ator Graham Stark no elenco interpretando personagens diversos, e que não apareceram nos filmes anteriores. E aqui são logo dois: os dois porteiros dos hotéis onde Clouseau se hospeda, sendo o segundo um velhinho debochado.
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