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Ser Criativo - O poder da improvisação na vida e na arte
(Stephen Nachmanovitch)

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Uma obra sobre as forças interiores da criação espontânea.


Impossível falar do livro sem citar o autor pois, Stephen que é violinista, compositor, poeta, professor e artista computação gráfica. Estudou psicologia em Harvard e tem Ph.D em “História da Consciência”, na Universidade da Califórnia, em Santa Cruz.

Recheado de frases como esta de Jung: “A criação do novo não é a conquista do intelecto, mas do



instinto de prazer agindo por uma necessidade interior, a mente criativa brinca com os objetos que ama.” Os capítulos vão se entrelaçando como notas musicais.
Fala de arte, de violino, de música, de intuição, inspiração, improvisação, de sincronia e de como liberar toda esse poder interno, como Ser Criativo. Uma orquestra sinfônica sobre o criar.
As fontes: inspiração e o fluir do tempo, o veículo, a corrente, a musa, a mente que brinca, desaparecer.
Segundo o autor quando somos suficientemente flexíveis e sensíveis, estamos sempre deslizando



em busca de um continuo feedback, assim como um atleta se movimenta continuamente de modo que possa alcançar a bola no tempo preciso e exato, ou seja, tornar-se leve e natural para deixar fluir.
Isso acontece quando se aprende a tocar violino, tais características sensíveis do instrumento fazem com o aprendiz esteja totalmente absorto embriagado pela música e pelo instrumento, sendo uno com o mesmo. Só se aprende fazendo.
O trabalho: sexo e violinos, prática, o poder dos limites, o poder dos erros, a criação compartilhada, o desenvolvimento da forma.
O ato de por meu trabalho no papel, de por a mão na massa, como se diz, é para mim inseparável do prazer da criação. No que me diz respeito, não consigo separar o esforço espiritual do esforço físico e psicológico; para mim eles estão no mesmo nível e não obedecem a nenhuma hierarquia. (Igor Stravinsky)
O poder dos limites: novos órgãos da percepção passam a exisitr em conseqüência da necessidade. Portanto, ó homem, aumenta tuas necessidades e poderás expandir tua percepção. (Jallaludin Rumi)
Fotos em preto e branco revelam mais emoção do que as coloridas e quartetos de cordas, solos e outras formas limitadas podem alcançar maior intensidade do que sinfonias. Limitados a uma esfera restrita, com todas as cores disponíveis, estamos demasiadamente livres. Com uma dimensão restrita, a expressão se torna mais livre em outra dimensão. Num espaço confinado a expressão pode se tornar mais rica e sutil.
O poder dos erros: a ostra transforma o intruso, o grão de areia, um erro, em uma belíssima pérola. Transforma o grão e a si mesma em algo novo.
A criação compartilhada: duas pessoas para se conhecer a unidade. No caso da pérola, sem o grão de areia e sem a ajuda da ostra, a pérola não existiria. Colaboração é muito mais fácil aprender com alguém do que sozinho. Aprendizado multifacetado, uma força renovadora e revitalizante.

Fenômeno do sincronismo: conjugação de dois ou mais sistemas rítmicos numa só pulsação. Martelos em uma construção, corações em um círculo de pessoas, instrumentos como violino se vibrarmos a corda de um e houver outro na sala, o segundo irá ressoar no mesmo tom que o primeiro.
O desenvolvimento da forma: o jogo das Vinte Perguntas. A arte consiste em não dar ao leitor informações de mais ou de menos, mas a quantidade suficiente para catalizar a imaginação ativa. 
Obstáculos e aberturas: o fim da infância, círculos viciosos (inquietação nervosa, medos), o fantasma da crítica, entrega, paciência, amadurecimento.
Assim como as contrações involuntárias dos músculos voluntários impedem a fluência livre e prazerosa na execução ao violino. O fantasma da critica: aparente indiferença do mundo com a expressão criativa, sociedade, dinheiro, moda, fatores políticos.
Os cinco medos: perder os meios de sobrevivência, perder a vida, perder a reputação, o medo dos estados alterados de consciência e o medo de falar em público.
Entrega: só quando não sabe mais o que está fazendo é o que o pintor faz coisas boas. (Edgar Dégas)
Revelação da intuição, a transformação do inconsciente em consciente, é sempre uma surpresa.
Paciência: enorme e generosa disposição com relação ao tempo.
Amadurecimento: Quando as pressões se dissolvem num momento de rendição ou descontração. O ser criativo é como um instrumento afiado com o universo, sensível ao momento presente para ver as manifestações divinas que nos cercam.
Os frutos: Eros e a criação, qualidade, arte pela vida, luz no fim do túnel. Fazemos amor e fazemos musica, apaixonar-se pelo próprio instrumento, pelo próprio trabalho, como em um relacionamento erótico. Para ter beleza uma
obra não precisa ser bonita. Como o  filme ávida é bela. Retrata os horrores da
guerra mas é uma obra linda.

Qualidade: é como sentir ressonância com a coisa que soa, ao olhar e sentir uma obra de arte.
Arte pela vida: manifestação e ousadia de criar a própria vida, na criação do nosso ser e do nosso mundo. A criação é uma fonte primaria de realização humana, ela pode se tornar um meio fundamental de vida social.
Luz no fim do túnel: a fórmula da criação é simples; identificar os obstáculos e atirá-los ao chão, como se atira um mala pesada que se vem carregando há muito tempo. Nada pode deter o criativo. Alquimia da experiência e inocência que se fundem.

Centenas de flores na primavera, a lua no outono, uma brisa fresca no verão, e a neve no inverno; se coisas inúteis não te pesarem na mente, toda estação será uma boa estação para ti. (Mumon)



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