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Quem vai apagar o fogo dos Bombeiros no RJ ?
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Há dias assistimos a noticiários que dedicam boa parte da sua exibição cobrindo a crise que se instalou no Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Passeatas pelas ruas do RJ acontecem diariamente. Deparamo-nos, a todo instante, com desabafos e histórias de vida que saltam a nossos olhos como se fossem colírios, cuja função primordial seria auxiliar-nos a enxergar uma realidade de baixos salários e falta de estrutura.
A estrutura salarial da Corporação é bastante injusta, considerando o papel importantíssimo que desempenha para o funcionamento do Estado como um todo. Deixar de ter um sistema de apoio e salvamento estruturado e eficiente parece-nos golpear a própria concepção de Estado de Direito, na medida em que se golpea, por tabela, a paz e a tranquilidade sociais. Um sistema "capenga", aqui observado sob uma visão global (profissionais bem selecionados, plano de cargos, boa remuneração, equipamentos modernos e operacionais) afeta a capacidade do Estado em responder prontamente a situações de emergência tais como: morro do Bumba, deslizamento no Morro dos Prazeres etc. Ao vislumbrar eventos como Jogos Mundiais Militares, Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas, é impossível deixarmos de ficar apreensivos e receosos com tamanha fragilidade.
No entanto, outras categorias de estratégica importância também vêm sofrendo com descaso. Um país como o Brasil, que almeja crescer a passos mais vertiginosos, deve sim investir, reaparelhar uma corporação como o nosso querido Corpo de Bombeiros; mas, desesperadamente, tem a obrigação de promover um "choque de ordem" na educação nacional. Aparelhar as escolas, investir em programas de capacitação para professores e profissionais da educação, promover a iniciação científica desde a educação básica, incentivar a leitura e a produção de textos e melhorar a estrutura remuneratória do professor são bandeiras que há décadas ou séculos se levantam nessa nação. A saúde representada pelos nossos médicos e enfermeiros, pelos nossos hospitais e centros de tratamento choram "sangue", assim como nossa Corporação, comprometendo e muito as nossas aspirações como nação soberana. E se falarmos da Defesa Nacional ? E os nossos militares das Forças Armadas, que amargam décadas de descaso salarial ? Os nossos caças, submarinos e tanques "choram" de tanta "exaustão"; afinal, são equipamentos de defesa mais do que obsoletos; são velhos mesmos.
Logo, devemos nos conscientizar de que somos uma nação grande e soberana e de que temos tudo para nos tornar uma potência mundial. O Estado Brasileiro e, por conseguinte, o Estado do Rio de Janeiro devem sim atender às expectativas dos nossos guerreiros do Corpo de Bombeiros; afinal, são mais do que justas. Reflitamos, porém, se a resolução deste problema específico seria suficiente. A reestruturação deve ser imediata e completa em muitíssimos setores do nosso país. A falta de estrutura não é exclusividade do Corpo de Bombeiros. O Brasil quer crescer, sediar Copa, assumir posição de destaque no cenário internacional, mas, paradoxalmente, não investe em áreas fundamentais como saúde, educação, defesa e nos nossos guerreiros de vermelho. Apóio a manifestação, porém repudio a forma como se materializou na sexta feira passada. Eles são, acima de tudo, militares do Estado do Rio de Janeiro e estão sob obediência irrestrita do Governador. Imaginem se militares da Marinha, Exército e Aeronáutica resolvessem invadir o Palácio do Planalto e quebrar o "gabinete do patrão" para exigir aumento de salário ? A punição àqueles que atentaram contra o Estado Soberano na figura de suas instituições deve ser exemplar e dentro dos ditames legais. Em contrapartida, as solicitações dos Bombeiros devem ser escutadas e atendidas, dentro dos limites constitucionais do Estado Democrático de Direito.



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