Continuiade dos parques
(Júlio Cortazar)
Em Continuidade dos Parques a história das personagens se confundem. É como se a históira refletisse outra história, uma espécie de sombra. A narrativa começa com um homem de negócios retomando a leitura de um ramance que abandora por falta de tempo havia dias. Recomeça a ler a bordo de um tem de volta à sua fazenda. Continua a leitura em seu escritório após escrever uma carta a seu procurador e discutir com o capataz uma questão de parceria. Sentado em sua poltrona favorita , de tecido verde, aveludado, o homem deixa-se envolver pela trama dos últimos capítulos. Dois amantes, sendo a mulher casada, encontram-se numa cabana. O amante com o rosto ferido pelo chicotaço de um galho. A mulher tenta estancar o sangramento com beios mas o amante recusa. Ele está armado: "...o punhal ficava morno junto a seu peito, e debaixo batia a liberdade escondida." Trata-se de um momento decisivo. Alguém tem que morrer. Começa a anoitecer. A mulher corre por entre a alameda de carvalhos que a levará à fazenda. O amante olha-a uma última vez e a vê corendo com os cabelos soltos. Tudo fora planejado meticulosamente. "Os cachorros não deveriam latir, e não latiram. O capataz não estaria àquela hora, e não estava."
O homem de negócios lê o final da história em que um homem de negócios lê o final de uma história. " Pelo sangue galopando em seus ouvidos chegavam-lhe as palavras da mulher, primeiro uma sala azul, depois uma varanda, uma escadaria atapetada. No alto, duas portas. Ninguém no primeiro quarto, ninguém no segundo. A porta do salão, e então o punhal na mão, a luz dos janelões, o alto respaldo de uma poltrona de veludo verde, a cabeça do homem na poltrona lendo um romance."
Essa é a descrição feita do ambiente em que está o homem de negócios lendo o seu romance. Alguém armado entra na casa da personagem e no mesmo instante alguém armado e com as mesmas características entra em sua casa com as mesmas intenções da personagem do romance: matá-lo.
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