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Os MESTIÇOS NO BRASIL
(Luis M. Rodrigues e Outros)

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  A Miscigenação constitui fenômeno de larga difusão no Brasil desde o início da colonização devido a causas sociais e de não haver preconceitos raciais. Por largo tempo foi utilizada a denominação de “pardo” para o mestiço de um modo geral. A sua participação no total da população brasileira tem expressiva representatividade. E tende a crescer. Em 2000 o censo apontou um crescimento significativo de “pardos” representando 38,4% da população  com grande concentração na área rural. O censo de 2010 apontou um contingente de 43,1% de pardos concentrados nas regiões Norte e Nordeste com um total de 66,9% da população local. A forte migração de europeus para as regiões Sul e Sudeste tinha uma ínfima participação em relação às regiões onde foi introduzido o negro como escravo, ou nas regiões Norte e Centro Oeste onde o indígena foi predominante por largo tempo.
Tradicionalmente temos três tipos de mestiços: 1- o Mulato (branco x negro); 2- o Caboclo (branco x índio); e 3- o Cafuzo  que envolve três grupos, típico do Maranhão, e que corresponde a uma minoria (branco x índio x negro); e mais um novo tipo, o “ainocô” (japonês x branco).
Segundo Roquette Pinto em “Ensaios de Antropologia Brasiliana”, as características físicas dos diferentes grupos são: 1- O Mulato tem pele parda mais escura, olhos negros ou castanhos, cabelos ulótricos, estatura mediana, mesocéfalos, mesorrinos e leptoprosópio. Em geral predominava na área rural, porém também com destaque para a região do Recôncavo Baiano onde exercia profissões liberais e com destaque para as letras e as artes. 2- O Caboclo  tem pele parda mais ou menos escura, cabelos lisótricos, olhos escuros (às vezes levemente mongólicos), braquicéfalos, lepto ou mesorrinos, de estatura mediana ou pequena. Devido às migrações internas destacou-se nas regiões de povoamento moderno atuando como mão de obra na construção civil: os “candangos”(Brasília), construção de estradas, hidrelétricas e portos; seringueiro e castanheiro (Amazônia); vaqueiro (ilha de Marajó); sertanejo (caatinga nordestina); jangadeiro (Bahia e Ceará); barqueiros e barranqueiros (Rio São Francisco); garimpeiros (Brasil Central); caipiras do interior de S. Paulo e de Minas Gerais; caiçaras e maratimbas (litoral do Espírito Santo ao Paraná); gaúchos (R. Grande do Sul). 3- Os Cafuzos ou curiboca e caboré correspondem aos Zambos da América Espanhola.
Em síntese: mestiços são indivíduos descendentes de duas ou mais etnias diferentes da raça humana. Para que haja mestiçagem há necessidade de que haja um não mestiço. A miscigenação brasileira, para uns, seria uma política informal de extermínio de grupos étnicos. Na verdade a mestiçagem no Brasil foi do colono português que chegou sem família e não do imigrante estrangeiro que chegou após o período colonial. Hoje é grande o contingente de mestiços com uma variedade de aspectos característicos físicos mais ou menos acentuados ora tendendo para o tipo branco, ora para o negro, ora para o nativo.



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