A Democracia como forma de governo no século XXI
(Julian Padilha Villar)
LIÇÕES DE LIBERDADE E OPRESSÃO NO ORIENTE MÉDIO Dentre as inúmeras facetas dos regimes autoritários uma em especial me causa espanto, seus lideres, ao se darem conta da situação em que se encontram –em crise- iniciam um processo para “se protegerem”, tendo, pelo que vemos, a necessidade do uso da força da qual dispõe. O tratamento de “choque” adotado pelos regimes em relação aos movimentos indica a sequência dos fatos, que certamente seguem o caminho para o agravamento de uma crise. Entretanto é impossível afirmar agora qual será o resultado final desta situação, porque o processo ainda está em curso. De qualquer forma, essa é, sem sombra de dúvida, a questão mais importante da fase de transição que vive tais países. Por isso mesmo, convém ter em sua exata medida os êxitos que o regime autoritário vai obtendo, porque mesmo não sendo necessariamente inevitável, esses êxitos acabam por se construir nos limites a partir dos quais o processo de liberalização se define. As conseqüências dessa situação são bastante conhecidas. Em primeiro lugar, as oposições democráticas e populares não conseguiram responder unitariamente as investidas do regime autoritário, quando este abandonou uma pratica estritamente coerciva e passou a tomar também iniciativas no plano político. A tática de avanços e recuos adotada pelo governo serviu para confundir as forças de oposição que, dessa forma, não se prepararam para enfrentar as exigências do processo de transição do autoritarismo para algum tipo de regime mais aberto, sem passar por algo como o célebre e sempre evocado momento da “derrubada da ditadura”, isto é, algum tipo de dia “D” que, segundo a tradição liberal, devera ocorrer antes de poder ingressar no processo propriamente dito de redemocratização. Após essas formidáveis manifestações de vontade popular, não há mais como manter a imagem da inefabilidade do autoritarismo ou, alternativamente da completa incapacidade de resistência a ele por parte dos setores populares da sociedade. Em suma, caso o potencial expresso na institucionalização de certas aspirações de base não seja reconhecido e libertado de seus limites estreitos, esse movimento pode perder-se como expressão da oportunidade de eleição de alternativas possíveis.
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