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A guerra do iraque - o Imperialismo dos Estados Unidos
(Julian Padilha Villar)

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COMENTÁRIO CRÍTICO SOBRE A GUERRA DO IRAQUEDe maneira simplória torna-se ao meu ver verídica a afirmação de que os Estados Unidos ao condenar convenções internacionais então aceitas teve como objetivo afirmar sua hegemonia unilateral sobre o mundo, reservando-se ao direito de fazer guerras de agressão ou outras operações militares que o desejasse e levando-as a prática. Dado a derrocada da Guerra do Iraque, já não é necessário demonstrar que este projeto era irrealista e a questão de saber qual será seu êxito não é, portanto, totalmente acadêmica.A questão ética da guerra faz-se notável quando analisamos certas convicções políticas, que incluem a hostilidade ao imperialismo, seja a das grandes potências que afirmam estar fazendo um favor a suas vítimas ao conquistá-las, seja também em virtude de uma suspeita justificável contra a megalomania que é a doença ocupacional dos países e dos governantes que crêem que seu poder e seu êxito não têm limites.A Guerra do Iraque, foi uma ocupação militar dos Estados Unidos que não se realizou por questões humanitárias, embora tenha sido justificado perante a opinião publica humanitária com base de um regime detestável. Mas, não fosse pelo Onze de Setembro, nem mesmo os Estados Unidos teria considerado a situação no país como merecedora de uma invasão imediata. O Iraque era condenado quase universalmente. Ainda que o regime de Saddam Hussein tenha sido rapidamente derrubado, a guerra não ganhou status de vitória, nem mesmo ao alcance dos objetivos anunciados inicialmente –o estabelecimento de regimes democráticos consentâneos com os valores ocidentais e um forte sinal para outras sociedades ainda não democratizadas na região. A catastrófica Guerra do Iraque acabou por sendo longa, sangrenta, profundamente destrutiva e ainda prossegue, sem perspectivas de conclusão.No caso do Iraque, nenhuma pessoa séria pode negar que a situação do povo, cuja libertação foi a desculpa oficial para a guerra, está pior do que antes. A história recente das intervenções armadas nos assuntos de outros países, mesmo as das superpotências, não é uma história de êxito. O grau de dependência das ações militares internacionais dos Estados Unidos com relação a acordos negociados com outros países já ficou claro. Também ficou claro que a solução política para as guerras, mesmo aquelas em que os Estados Unidos estão envolvidos, será dada pela negociação e não pela imposição unilateral. A era das guerras que terminam com a rendição incondicional não retornará num futuro previsível.O papel dos organismos internacionais existentes, sobretudo a Organização das Nações Unidas, tem de ser repensado. Embora esteja sempre presente e normalmente se recorra a ela, sua atuação na resolução de disputas não é clara. Sua estratégia e sua operação estão sempre a mercê das instabilidades das políticas de poder. A ausência de um intermediário internacional considerado genuinamente neutro e capaz de agir sem autorização prévia do Conselho de Segurança constitui a carência mais óbvia do sistema de solução de controvérsias.A Guerra do Iraque vem a confirmar uma tendência do século XXI, guerras menores, nos padrões do século XX, mas que provocam vastas catástrofes.O que pode ser considerado e levado a futuras discussões é a certeza de que a paz mundial e mesmo a paz regional têm ficado fora do poder de todos os impérios até aqui conhecidos pela história e certamente estão fora do alcance de todas as grandes potências dos tempos modernos.



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