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Conservatória, onde as rosas não falam
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Você acha o litoral do Paraná uma m ... aravilha, não agüenta mais o circuito Camboriu-Florianópolis, não tem dinheiro para conhecer Nova Iorque antes que se cumpram as profecias??? Pois seus problemas acabaram! Com muito pouco dinheiro você pode passar um fim-de-semana agradável, diferente, participar de serestas e ainda, com um pouco de sorte, arranjar uma companhia divertida. Tudo isso e muito mais está ao seu alcance em Conservatória, cidadezinha encravada num vale na Serra da Mantiqueira, a cerca de 150 quilômetros do Rio de Janeiro.

A cidade, distrito de Valença (RJ), se resume em pouco mais de quatro quadras. Nesse quadrilátero se concentram bares, restaurantes, três museus (Da Seresta, Silvio Caldas e Vicente Celestino) e dezenas de pousadas para receber os turistas que chegam aos borbotões todos os finais de semana.

A festa começa na sexta-feira, quando os turistas chegam para a sessão de seresta que começa às 11 da noite e não tem hora para acabar. Enquanto os seresteiros afinam suas violas e aquecem os gogós, dá tempo suficiente para apreciar pratos variados, aperitivos, beber alguns chopps, caipirinha e o que mais vier (a cachaça local é das melhores).

A maioria dos bares e restaurantes é agradável, de bom gosto, sem luxo desnecessário. Enquanto se come e se bebe, violeiros animam o ambiente com música ao vivo. Quem gosta de soltar a voz e faz o tipo despachado é bem-vindo a se apresentar. Tudo em clima de cordialidade.

Antes de cair na farra não se esqueça de reservar um quarto em uma das muitas pousadas locais. Dê preferência a quem ofereça piscina, afinal o calor do Rio é de f... ritar ôvo no asfalto.

Não se preocupe com refeições, pois na cidade há fartura de boas opções. O que se deve evitar são os hotéis-fazenda que circundam a cidade. Eles são caros, ficam distantes do centro de Conservatória e só oferecem pacotes completos para o final de semana (o ideal é passar a noite de sexta-feira na seresta, descansar na manhã de sábado e à tarde esticar até o Rio para outras programações).

Além desse inconveniente, os hotéis fazenda boicotam as serestas, pois concorrem com os programas que oferecem a seus hóspedes. Evite-os.

Lá pelas 10 horas da noite, os seresteiros e o público começam a se concentrar no Museu da Seresta em torno do comandante da festa, Joubert Freitas (o outro pioneiro da seresta, José Borges, partiu em 2003).

Às 11 horas o grupo parte para percorrer os poucos quarteirões de Conservatória, armados de violas, violões, cavaquinhos, bandolins, flautas, pandeiros e o que mais houver.

Os músicos caminham a passos de procissão pelas ruas, seguidos e envolvidos pelo público, parando diante de residências previamente escolhidas, que se mantém às escuras e com janelas cerradas até o início da cantoria.

Durante todo o percurso mais pessoas vão-se juntando ao grupo, e esse anda-pára-anda-pára avança a madrugada. Só mesmo a chuva torrencial é capaz de suspender a festa.

Entre os participantes encontram-se pessoas de todas as idades, inclusive crianças, embora o predomínio seja de casais entre 40 e 60 anos. Alguns freqüentam as serestas com a regularidade de beatas à missa matinal domingueira, mas a grande maioria é de turistas de todo o Brasil e de outros países.

Aliás, Conservatória é mais conhecida no exterior do que no Brasil, embora já tenha sido motivo de reportagem até no Fantástico e ter sido palco das novelas O Feijão e o Sonho, Escrava Isaura e Sinhá Moça (algumas cenas de Cambalacho, Salomé e A Viagem também foram gravadas na cidade).

Portanto, mesmo sem saber, você com certeza já viu Conservatória.

Observe as casas, cada uma delas batizada com uma canção de amor (Detalhes, As rosas não falam, Chão de Estrelas, A Deusa da Minha Rua ...). O nome da canção é gravado com arte em placa esmaltada, que é afixada à frente da moradia e passa a identificá-la. É mais fácil localizar alguém em Conservatória pelo nome da canção que batiza a casa do que pelo número da residência.

A região de Conservatória viveu tempos de fausto no século XIX, durante o ciclo do café. A secular igreja de Santo Antonio, na parte mais alta da cidade, com suas paredes de um metro de espessura foi construída com mão-de-obra escrava para os senhores da terra casarem seus descendentes.

Ainda restam algumas fazendas de café, no melhor estilo Casa Grande e Senzala, restauradas e abertas à visitação. É necessário autorização prévia para visitá-las. Isto se obtém nas próprias pousadas.

Conservatória tem uma outra característica interessante: ali não há desemprego nem violência. Quem garante é Joubert Freitas, que iniciou as serestas na década de 60 com o saudoso mano José. E a explicação é simples: apesar de humildes, os habitantes não convivem com problemas como o desemprego e falta de moradia, e isto graças às serestas que fazem a fama da cidade.



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