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Brasil, e a malandragem?
(J. R. Guzzo)

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Brasil, e malandragem?
 
Estamos nos tornando o paraíso mundial da tapeação. E, vejam bem, o governo ou quem manda nele são os  responsáveis por mais essa realização nacional.  As técnicas são avançadas e eficientes para convencer a opinião pública de que coisas que todo mundo está vendo não existem – ou que existem coisas que ninguém consegue ver. É muito fácil passar o conto do vigário. Isso ajuda sempre que aparece uma história feia que o governo quer esconder, ou quando ele fabrica uma história bonita, para mostrar méritos que não tem. Quase sempre a platéia acredita e diz nas pesquisas que o governo é ótimo –
ou não mostra interesse no assunto nem nas fábulas da propaganda oficial. Não acredita nem desacredita, apenas não liga.
E a célebre malandragem brasileira onde foi parar? Segundo nossas lendas, mitos e folclore, o brasileiro gosta de se imaginar no papel de sujeito esperto. Mas se ele é tão esperto assim, porque sempre está no papel de otário no seu relacionamento com o governo. Porque o ex-presidente da República, tem certeza de que vão acreditar nele quando diz que o mensalão, um dos casos de corrupção mais bem comprovados, não existiu? Deveria ser o contrário, o povão com todo seu jogo de cintura não se deixar enganar. A explicação talvez tenha sido sugerida, trinta anos atrás, pelo samba Homenagem ao Malandro de Chico Buarque de Hollanda. Ali ele quis prestar uma homenagem à “nata da malandragem” foi a Lapa, mas perdeu a viagem porque a “aquela tal malandragem não existe mais”. A verdade, diz a canção,
é que o malandro é um “pobre coitado que trabalha, mora longe e chacoalha num trem da Central”, continua, “já não é normal o que dá de malandro regular, profissional, malandro com aparato de malandro oficial”. Os malandros trocaram de lugar? Vão se multiplicando em ritmo rápido e com audácia maior, as histórias milagrosas para explicar todo tipo de coisa que não tem explicação.
O ex-presidente Lula, um dos catedráticos na matéria, na sua atual carreira de palestrante para grandes empresas, fez uma conferencia para a Tetra Pak, multinacional de embalagens, e recebeu duzentos mil reais. Não se trata de “consultoria” do tipo que levou o ex-ministro Antonio Palloci a sua segunda ruína.
Mas acabou surgindo uma questão espinhosa: a empresa pediu ao ex-presidente que conseguisse uma redução de impostos para as embalagens de leite, e ele se comprometeu a tratar do assunto com o “companheiro” Mantega. Esta certa uma coisa dessas? Um ex-presidente receber dinheiro e advogar para a empresa pagar menos impostos? Perguntado, respondeu que estava batalhando para levar leite de qualidade para a casa das pessoas. Alguém aí vai duvidar?



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