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Conto O Espelho de Guimarães Rosa
(Guimarães Rosa)

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Guimarães Rosa apontou um novo rumo à literatura brasileira. Já passada a primeira faze do modernismo e já vivida a experiência da prosa regionalista da década de 30. Rosa mostra um novo caminho à literatura pós-modernista, com a universalização do regional, a revalorização da linguagem, sem o caráter do rebuscamento, mas na recriação e invenção de palavras, tendo como base a fala dos sertanejos e suas peculiaridades. Rosa apresentava características místicas em suas obras, interrogações e reflexões, ao mostrar a realidade do sertão. Alguns poetas o descreviam como se tivesse pacto com o diabo, dado os mistérios empregados em suas obras. Em suas obras Rosa apresentava também aspectos filosóficos, remetendo-se sempre sobre a verdade da vida, seu lado oculto e impenetrável. Referindo-se sobre a face mais profunda da personalidade humana. O conto "O Espelho" da obra Primeiras Estórias, é uma narrativa em primeira pessoa, em que o narrador treva uma batalha contra ele próprio, diante de um espelho, a fim de entender o sentido do mundo e o que há por trás da aparência humana. Começa por narrar as várias formas de espelhos, fazendo uma analogia com a forma como o homem se vê e também enxerga o mundo. O narrador busca meios para ver a sua essência além daquilo que o espelho reflete. Ele cada vez que se olha no espelho, vai vendo imagens distorcidas, espectros aterrorizabtes dele mesmo. Fez tal experiência por meses até que um dia não viu mais imagem alguma de si mesmo. Passou mais algum tempo sem ao menos passar os olhos em um espelho, quando resolve ver-se novamente avista apenas um rosro de um menino, um quase rosto, se satisfaz com sua revelação, pois a verdade da vida. O narrador em todo o conto remete-se ao leitor como senhor, induzindo o leitor a acompanhá-lo e desvendar a vida por trás do seu reflexo. Guimarães aborda questões filosóficas para explicar a verdadeira face do ser humano, que as coisas não são como vemos, que a capa que nos recobre muitas vzes esconde um ser horrendo, dentro de nós mesmos. Rosa deixa nesse conto a reflexão do olhar sobre a vida, sobre quem realmente somos, e faz-nos buscar o autoconhecimento, o olhar crítico sobre nós mesmos, a fim de nos decifrarmos.

Excertos:

" (...) comecei a procurar-me ao eu por detrás de mim – à tona dos espelhos (...)"

" (...) Que luzinha, aquela, que de mim se imitia, para deter-se acolá, refletida surpresa? (...)"

Referência: ROSA, João Guimarães. Primeiras Estórias. 15 ed. São Paulo: Editora: Fronteira, Impressão, especial FDE-SP 2008. p.2010.

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