Mozart, uma vida pela música
(Enciclopédia Conhecer)
Chegando em casa, Leopold Mozart, musico, encontrou seu filho Wolfgang, de cinco anos, concentrado sobre uma folha de papel. Perguntou ao menino o que ele estava fazendo, e a resposta foi: estou escrevendo um concerto para cravo.
Curioso, examinou o manuscrito e se surpreendeu com as notas ordenadas com perfeição. A peça, concluída meses depois, não era um concerto mas o Minueto e Trio em Sol, para Cravo.
Joannes Chrysostomos Wolfgangus Theodophilus Mozart, foi batizado em Salzburgo, Áustria, a 28 de janeiro de 1756, um dia após eu nascimento. Aos quatro anos descobriu o cravo e se maravilhou. Sua única irmã, Marianne, cinco anos mais velha, havia começado a tomar lições desse instrumento. Wolfgang acompanhava entusiasmado e seu pai passou a dar-lhe lições. Aprendia depressa e gostava de tocar músicas de sua invenção. Improvisar deixou de satisfaze-lo e passou a anotar as idéias melódicas. Acompanhando o rápido progresso do filho, convenceu-se de possuía uma musicalidade incomum. A irmã já era exímia instrumentista.
Munique, capital da Baviera foi o local para as primeiras exibições dos dois pequenos prodígios, fora de Salzburgo, no início de 1762. O recital teve ótima repercussão. No mesmo ano, o pai-empresário partiu com os filhos para Viena. Os primeiros recitais, foram muito elogiados pela sociedade vienense e não demorou o convite para apresentação na corte.
Palácio de Schoenbrunn, Viena, a aristocracia lota o salão aguardando o sarau patrocinado pela Imperatriz Maria Teresa, um menino prodígio vai tocar. No dia seguinte Wolfgang era o assunto dos salões. Não pode repetir a apresentação, uma escarlatina o leva de volta a Salzburg.
Restabelecido, partem para Munique e depois para Frankfurt.
O êxito subiu a cabeça de Leopold e ele apresenta os filhos mais como fenômenos do que como musicistas. Em novembro de 1765 retornam ao lar e Wolfgang compõe ininterruptamente durante dois anos. Aos onze anos volta a Viena com o pai e a irmã, mas a viagem não foi bem sucedida, alem de não contarem com o apoio dos imperadores, contraem varicela. O arcebispo de Salzburgo o contrata para servir na arquiepiscopal. Pouco depois pede licença e parte para a Itália, país da ópera. Torna-se membro da Academia Filarmônica Bolonhesa, mesmo tendo sete anos menos que os vinte um exigidos pelo regulamento. Suas façanhas na Itália o tornam um mito.
Consertos, sinfonias, sonatas, óperas, missas e peças sacras mais curtas, minuetos e e divertimentos avolumaram sua obra. Desaparece o menino prodígio, surge o homem, um grande músico.
Mas, na sociedade européia do século XVIII o músico era um criado a serviço de um rei, um príncipe ou um bispo, usa libré e toma as refeições com a criadagem. Casa-se ou viaja segundo as disposições do seu amo. Revolta-se com essa situação. Mozart é mestre de capela do Conde de Colloredo. Em 1777 pede demissão e parte levando sua mãe. Chegando a Paris em 1778, descobre que o pequeno prodígio fora esquecido e o mundo musical fecha-se ao Mozart adulto. Ele sofre com isso, mas muito mais com a morte da mãe. Abalado retorna a Salzburgo e ao trabalho com Colloredo, mas por pouco tempo, discute com o conde e rompe definitivamente. Quer ser livre, não quer trabalhar sob encomenda. Casa-se com Constanze, irmã de Aloysia por quem fora apaixonado anteriormente. Arranja alunos e acumula afazeres para sobreviver. Em 1784, morre seu primeiro filho. Repudiado pela corte e pelo publico, vê-se cheio de dívidas. Atormentado pelas doenças de Constanze e pelas suas próprias, tenta retornar a vida errante. Em 1791 nova indisposição obriga Constanze a passar um tempo em Baden. Saudoso e solitário, continua compondo, mas as dificuldades financeiras são terríveis. Com uma nefrite crônica, o inchaço das pernas o coloca na cama. Mesmo deitado trabalha na partitura de um réquiem, encomendado por um misterioso personagem. Em 4 de dezembro de 1791, morre sem termina-lo. Sussmayer seu fiel discípulo completará a obra. Foram 650 obras e 35 anos de vida dedicados a música.
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