Casamento REAL NO MÓNACO
()
Em Portugal pudemos assistir refastelados no sofá à boda do príncípe Alberto do Mónaco com Charlene, a sul-africana que cometeu a proeza de levantar finalmente este príncipe ao altar. Mais que não fosse para aplaudir esta façanha, valeu a pena estar em frente do televisor tantas horas sem se ouvir falar das medidas de austeridade e do facto de meterem a mão ao bolso para levarem metade do subsídio de Natal àqueles que ainda o têm. Caramba, aquilo sim, fartura à grande, festa de arromba, gente fina, bem vestida, aquilo sim! Meteu num chinelo a boda do outro príncipe, o de Inglaterra. É um privilégio ser monegasco, viver num principado sem dívidas, só lucros e luxos que chegam para dar e vender. Veja-se como um país cujo único património é composta por uma cidade e arredores atinge esta prosperidade. Não há desemprego, não há défice. Todos têm trabalho, todos ganham bem, todos adoram o príncipe que, ainda por cima, nem se esquece do ambiente. E o que é bom é para se ver. Portanto, acho muito bem que mostrem ao mundo como tamanho não é qualidade de vida e que pena que tenho que no nosso Portugal dos pequeninos não se possam seguir estes exemplos. Mas como a esperança é a última a morrer, quem sabe se um futuro descendente da Casa de Bragança não faz arribar Portugal, se, entretanto, Dom Duarte Pai e Dona Isabel de Herédia não tiverem de hipotecar o Palácio de Vila Viçosa porque, ao que se diz, a choça de Sintra já está hipotecada.
Resumos Relacionados
- O Pequeno Príncipe
- O Príncipe E O Mendigo
- Cap. Xvii – Da Crueldade E Da Piedade; Se é Melhor Ser Amado Que Temido, Ou Antes Temido Que Amado
- William Shakespeare, Hamlet
- Cortes Nos Subsidios
|
|