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Os Pinguins do Papai - Crítica
(Marceki Hessel)

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Comédia
Direção: Mark Waters
Roteiro: Jared Stern, John Morris, Sean Anders
Elenco: Jim Carrey, Carla Gugino, Angela Lansbury, Ophelia Lovibond, Madeline Carroll, Clark Gregg
A ideia do diretor Waters, aparentemente simples, é mostrar como os pinguins desestabilizam o universo do Sr. Popper (Carrey), um incorporador de imóveis de Nova York especializado em comprar prédios velhos e ocupar os terrenos com edifícios novíssimos. Tudo relacionado ao Sr. Popper é limpo e moderno, do seu terno azul escuro impecável à mobília do seu apartamento. Como na maioria dos contos morais, a apresentação impecável esconde um grande vazio interior.
A imagem que um pinguim transmite à primeira vista é de elegância - design clean, esguio, cores equilibradas -, mas basta a ave grasnar ou se mover, com seus passos tortos, para que essa ideia se desfaça. Waters aplica esse conceito ao filme: o Sr. Popper ganha vida à medida em que sua rotina, antes ilibada e perfeita, é desordenada pelos bichos.
Embora o roteiro se renda a obviedades - tem até a obrigatória piada das fezes - Waters elege alguns cenários que contribuem para seu objetivo de anarquizar a ordem, como na cena da bagunça dentro do Guggenheim, museu-símbolo da arquitetura minimalista. A profusão de brancos e pretos ao longo do filme é compensada com o exagero de cores do final, como um inverno vencido pela primavera.
Mas tem Jim Carrey... Inicialmente, o ator contribui. Ele sabe fazer cara de coitado nos momentos que o filme pede. A barba rala, as olheiras e o semblante à beira do desespero são o oposto do penteado certinho do começo. Mas de repente a coisa descamba, Carrey faz uma piada que rompe a quarta parede e simplesmente acaba com o clima da cena.
Em um de seus improvisos desnecessários, Carrey faz a sua já famosa imitação de James Stewart. Não deixa de ser irônico: Carrey está em Os Pinguins do Papai fazendo um papel stewartiano por excelência, o adulto ultrarresponsável que reaprende a "sentir". Mas Carrey LITERALMENTE imita Stewart, e arruina o encanto.
Nenhum pinguim foi ferido neste filme, já Jim Carrey foi bicado sem dó, mas ele mereceu", brinca o aviso nos créditos finais de Os Pinguins do Papai. É uma brincadeira com fundo de verdade. A comicidade sempre dominante de Jim Carrey prejudica o filme em seus momentos dramáticos decisivos.
Essa frase pós-créditos soa como uma pequena vingança de Mark Waters, diretor que tem bom olho, mas não tem pulso para controlar seu astro.
 



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