A redescoberta da intimidade 
(Willy Pasini)
  
Há quase 20 anos atrás, no seu primeiro best-seller Intimidade, Willy
 Pasini descobriu e explorou os cinco continentes - corpóreo, sexual,
 psicológico, intelectual e espiritual - da intimidade, ou as cinco maneiras
 diferentes em que essa condição pode ser realizada, sempre sonhada, mas
 raramente alcançada, de confiança e compreensão mútua entre duas ou mais
 pessoas, no pleno respeito das identidades individuais. O psiquiatra bem
 conhecido e sexólogo retorna de novo a este tópico para analisar como a
 intimidade mudou nos seus diversos campos e, acima de tudo, para entender onde
 é que nasce o sentimento generalizado de que está mesmo a desaparecer, vítima
 de uma sociedade baseada na aparência e no show público de todos os aspectos da
 alma humana (do erotismo à dor), em que o pudor - até mesmo os sentimentos – parecem
 não ter nenhum significado, e por um estilo de vida caracterizado pela pressa,
 por um frenesim de "fazer" que ameaça constantemente a nossa interioridade
 e não nos nos deixa mais tempo para "ser". A prevalecer, agora, é o que,
 com um neologismo feliz, Pasini define "extimidade": uma espécie de
 nudez da alma que busca um público, talvez televisivo, diante de quem exibir-se. São estas novas prioridades que estão
 a moldar as relações das gerações mais jovens, que, para comunicar idéias,
 sensações e sentimentos preferem as vias mais "públicas" e rápidas. A
 procura da alma gémea, então, parece acontecer só com os dispositivos
 tecnológicos mais avançados (BlackBerry, iPhone, Internet), aqueles que permitem
 que ficar conectado à rede da "cyberintimidade" e que também estão
 mudando as formas e leis do discurso amoroso: corteja-se por mensagem de texto,
 delara-se por e-mail, abandona-se com um vídeo no YouTube.   Neste clima, mesmo
 para casais que duram desde há longo tempo não é fácil encontrar, ou manter a
 "distância certa" que garanta a cumplicidade e a ternura, sem sufocar
 frantasia e paixão, condição essencial para evitar que a convivência se
 transforme numa prisão. Mas Pasini, não se limita a traçar um quadro sombrio da
 realidade emocional da juventude de hoje – cada vez mais egocêntrica, medrosa,
 isolada na frente da tela do PC -, mas vai fornecer as ferramentas para tentar
 reverter o percurso. Um exame de várias casos clínicos e histórias de gente
 famosa é, como sempre, um caminho que pode levar à redescoberta da verdadeira
 intimidade, acessível também por passos pequenos e simples argumentos que todos
 podem tomar na sua vida social, para fazer um novo espaço criativo e fecundo em
 que realizar o encontro com o(s) outro(s) exprimindo plenitude de sentimentos,
 liberdade, generosidade e equilíbrio. 
 
  
 
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