Resumo de Ergonomia e a Competitividade

A
ergonomia é a ciência que estuda as inter-relações entre as
características técnicas, humanas e organizacionais presentes no
ambiente de trabalho e tem seu foco na atividade de trabalho.
Busca-se
um equilíbrio incansável e harmônico entre o trabalhador e seus
equipamentos de trabalho, pois é necessário o aumento da
produtividade e da eficiência do trabalhador, para se atingir a
competitividade no mercado.

Como
ciência que busca compreender o trabalho para transformá-lo a
ergonomia vem sendo cada vez mais solicitada para garantir a melhoria
das condições de saúde, segurança, das relações interpessoais e
para contribuir com o sucesso técnico, econômico e financeiro das
novas tecnologias(GUERIN et al,
2001; WISNER, 2004).

Nunes
& Franzoni (2004) verificaram que a gestão do processo aliada a
ergonomia promove um ambiente favorável dentro das organizações,
capaz de manter a eficiência do processo e a qualidade da produção.

No
Brasil, há grande preocupação com os fatores ergonômicos nos
postos de trabalho, procurando evitar os acidentes que consomem
milhões de reais dos cofres públicos e ocasionam sérios problemas
sociais. Essa visão reativa, no entanto, busca solucionar problemas
e não evitá-los. São
ações em saúde e segurança do trabalho, incluindo-se as ações
ergonômicas, restringem-se em sua grande maioria, por situações
problemáticas na empresa ou de coerção, em que a fiscalização do
Ministério do Trabalho obriga, mediante notificação oficial, o
ajuste das condições de trabalho.

Barkokébas
Júnior et. al. (2006)
ressalta que se deve ter em mente que promover a segurança do
trabalho é economicamente vantajoso; além da obrigação legal, é
dever moral, devido aos aspectos sociais envolvidos, causando danos a
todos os segmentos: empresas, trabalhadores e sociedade; resultando
para todos, custo econômico e humano.

Estudos
como os de Poosanthanasarn et al. (2005)
apontam que intervenções ergonômicas reduzem as despesas médicas
com tratamentos por doenças ocasionadas no trabalho.

Um
programa preventivo estruturado segundo as bases metodológicas da
ergonomia e da engenharia econômica pode atuar como fator
competitivo e econômico nas empresas.

A
nova abordagem ergonômica considera as ações de saúde, segurança
e bem-estar no trabalho não mais como ações sociais, mas elementos
muito influenciadores na competitividade das empresas, é a opinião
do especialista francês Tahar-Hakim Benchekroun, do Conservatório
Nacional de Artes e Ofícios (CNAM) da França.

O
especialista defende a ideia de que o desenvolvimento sustentável do
Brasil depende da mudança cultural e social sobre a ergonomia. É
papel do profissional ergonomista adaptar o trabalho ao homem, um
conceito que já virou regulamentação na União Europeia. O novo
modelo ergonomista deve ser menos reativo e mais antecipativo. A
abordagem de reparação e correção de um problema depois tem
eficácia relativa. Na Europa a abordagem antecipativa já é
realidade e apresenta ótimos resultados na produtividade e na saúde
ocupacional dos empregados.BAKOKÉBAS
JÚNIOR, B. et.
al. Indicadores
de segurança do trabalho para direcionamento do sistema de gestão
de
segurança
e saúde no trabalho. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE
PRODUÇÃO, XXVI, 2006,
Fortaleza.
Anais... Fortaleza: ABEPRO, 2006, 1 CD-ROM.

GUÉRIN,
F. et.
al.
Compreender
o trabalho para transformá-lo:
A
prática da ergonomia. São Paulo: Edgar Blucher,
2001.

NUNES,
E. L. S.; FRANZONI, A. M. B. Gestão
do processo aliada a ergonomia para microempresas. In:
ENCONTRO
NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 24., 2004, Florianópolis.
Anais... Florianópolis:
ABEPRO,
2004, 1 CD-ROM.

POOSANTHANASARN,
N. et. al .
An ergonomics intervention
program to prevent worker injuries in a metal
autoparts
factory. Southeast Asian Journal Tropical Medicine Public Health,
Mar;
36 (2): 512-22, 2005.

Resumos Relacionados