A fábrica das falsidades. Estratégias da mentira na política
(Vladimir Giacché)
A busca da verdade sempre foi um caminho árduo e difícil, pois de um mesmo acontecimento podem haver muitas verdades subjetivas, enquanto as pessoas, pela sua natureza, tendem a colher um aspecto em detrimento de outro.O problema é mais grave quando uma verdade se impõe para o benefício de interesses económicos ou de poder, por todos os meios possíveis, mesmo os mais subtis.Goebels, o famoso ministro da propaganda nazista, disse que uma mentira é uma mentira, mas se repetida cem, mil vezes, torna-se uma verdade.E é isso que acontece agora desde há vários anos a nível global, desde a famosa invenção de armas de destruição em massa, motivo para agressão ao Iraque, à propaganda para justificar até mesmo a guerra com o pretexto da implantação da democracia.
Porque chamamos "democracia" a um país onde o governo foi eleito por 20% dos eleitores? Porque depois de cada "reforma" estamos pior do que antes? Como pode um muro de cimento de oito metros de altura e com centenas de quilômetros tornar-se um "recinto defensivo"? As torturas de Abu Ghraib e Guantanamo são "abusos", "pressões físicas moderadas" ou "técnicas avançadas de interrogatório"? O que transforma um mercenário num "gestor de segurança"? Porque nos telejornais os Territórios ocupados tornam-se simplesmente "Territórios"? Responder a estas perguntas significa ocupar-se do grande protagonista do discurso público contemporâneo: a mentira. Se noutros tempos as verdades inconfessáveis do poder eram cobertas pelo silêncio e pelo sigilo, hoje, a guerra contra a verdade é combatida e vencida no terreno da palavra e das imagens. Este livro explica como funciona e para que serve a hodierna fábrica da falsidade.
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