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Antecedentes e Consequências da Semana de Arte Moderna
(Julian Padilha Villar)

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O inicio da revolução modernista

A Semana de arte Moderna realizada em 1922 foi a eclosão “de um movimento de independência nacional que vinha de longe”, como bem notou Menotti Del Picchia. Pode afirmar-se que esta foi a solidificação de um processo de emancipação cultural, onde fica evidente o objetivo, talvez utópico, mas interessante, de registrar uma corrente que empenhou-se em dar a Literatura Brasileira ares nacionais, não só ao nível da temática, mas da intenção de ruptura com o cabresto da sintaxe lusitana.
Citando novamente Menotti Del Picchia, este disse que “anos antes já sonhávamos com a nossa revolução”. Este comentário feito sobre a S. A. M., situa-nos temporalmente nesta revolução modernista. Já no inicio do século XX, acirra-se a campanha contra o que Lima Barreto chamou de “pedantocracia bacharelesca”. Em períodos anteriores a Semana já ouviam-se gritos de ousados artistas que se esforçavam por romper com as malhas do oitocentismo mental e estilístico. Já era possível notar a abertura para que fosse dada uma arrancada definitiva no sentido de se produzir uma arte voltada para nossa gente.
A partir da década de 10, alguns jovens, insuflando-se de forte espírito nacionalista e de uma intenção estética que animava o Novo e o Verdadeiro começaram a preparar a atmosfera que iria desencadear o entusiasmatico grito de liberdade artística: a Semana de Arte Moderna.
A Semana de 22 foi a largada para o inicio da Revolução Modernista. Marcada pela união de artistas que possuíam um ideal em comum, o de introduzir na cultura brasileira uma nova concepção de vanguarda que, ao abrir espaço de libertação ao novo, rompeu violentamente com a repressão ideológica dominante em todos os setores de atividade artística. Os jovens modernistas, com sua irreverência e sua inquietude, perceberam que para construir o novo era preciso demolir os alicerces desgastados da cultura oficial e burguesa.
Realizada a Semana o movimento de renovação continuou ao longo da década de 20, com a visível intenção de não deixar esvaziar a nova mentalidade. A eclosão do movimento modernista foi, sem dúvida, “uma data memorável no desenvolvimento literário e artístico do Brasil”, como assinou o crítico e historiador Paulo Prado.



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