Terra oca - o lado científico
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Um conjunto de teorias ao longo do tempo pretendem explicar a Terra como sendo uma estrutura oca.
No século XVII, o astrônomo britânico Edmond Halley propunha que a Terra era um planeta formado por camadas concêntricas e espaçadas entre si. Nos séculos posteriores, sua tese
serviu de base para diversas obras esotéricas e literárias. Uma dessas teorias (a mais conhecida) é a que propõe ser o interior da Terra habitado por animais
superiores, como mamíferos, aves e répteis, com entradas para esse interior, localizadas nos pólos terrestres.Antigas crenças. Budistas da Ásia central acreditavam num Reino de Agartha,
um labirinto subterrâneo, morada de populações de continentes
extintos. Ali, seu líder sagrado, o "Rei do Mundo", comandava esse
centro de progresso intectual, de razão desenvolvida e conhecia todas as
forças da Terra, lia todas as almas, conhecia todos os destinos.
Na Assíria (Babilônia), o legendário Gilgamesh teria conversado com um amigo morto sobre um mundo interior. O mundo subterrâneo era crença também dos antigos gregos. e Egípcios.
A ciência substituindo as lendas, no século XVII, cogitava sobre um mundo interior ao nosso
planeta. O astrônmo Edmond Halley, visando explicar fenômenos estranhos no Campo magnético da Terra, considerou que a Terra tivesse uma casca externa e um núcleo interno separado, cada um com seu próprio campo magnético. Halley apresentou à Real Sociedade de Londres, em 1692, sua conclusão: propunha a existência de três planetas concêntricos interiores à crosta terrestre, corpos do tamanho de Vênus, Marte e Mercúrio.
Halley imaginou a existência de seres vivos nesses planetas interiores, sendo que a luz provinha da atmosfera interior que era luminosa, e que a Aurora Boreal
era consequência do escoamento dessa luminosidade. Essas teorias foram
modificadas, por exemplo, por Leonhard Euler que considerou que no interior da Terra havia um único Sol
que provia iluminação e aquecimento a uma desenvolvida
civilização do interior da crosta. Ao final do
século XVII, o matemático escocês Sir John Leslie concluiu que, em verdade, eram dois sóis.
John C. Symmes, militar americano, apresentou em 1818 sua teoria sobre o planeta Terra, era oco e habitável por dentro, possuindo
internamente diversas esferas sólidas concêntricas. Havia aberturas na
crosta externa, em ambos os polos.
Symmes detalhou isso em publicações subsequentes, mostrou atestados de
sanidade mental e de seu caráter assinados por autoridades diversas.
Convocou 100 homens para partir da Sibéria a adentrar no interior do planeta, mas, não foi realizado.
Ridicularizado, apresentou diversas
argumentações científicas e até religiosas em defesa. Conquistou alguns apoiadores e escreveu um livro, Symzonia: Viagem de Descoberta sob pseudônimo de Adam Seaborn,
onde narrava as glórias que sonhava alcançar. O Congresso autorizou sua
viagem em 1828, o
presidente John Q. Adams apoiou a expedição, mas seu sucessor Andrew Jackson no ano seguinte, desinteressou e Symmes faleceu. . Reynolds sucedeu Symmes, continuou a insistir na expedição, que veio a ocorrer 10 anos depois de Symmes. Reynolds não teve permissão para ir e nada foi confirmado.
Cyrus Read Teed (1839 - 1908), médico herborista norte-americano e combatente da Guerra Civil Americana, elaborou uma completa e surpreendente teoria sobre o interior da Terra, defendeu a ideia de que a humanidade vive, não na superfície da "Terra", mas em seu interior.
No século XX, exploradores vasculhando todo planeta, era improvável a sobrevivência dessas ideias. Mesmo assim, dois novos defensores apareceram, William Reed e Marshall Gardner,
apresentando forte argumentação. Sua motivação foi uma série de
descobertas de anomalidades relatadas por exploradores dos polos.
Reed escreveu a obra O Fantasma dos Polos e explicou as anomalidades acerca do assunto, como nas ideias de Symmes. Reed
ansiava conhecer o interior do planeta com seus vastos continentes,
montanhas, rios, rica vida vegetal e animal, oceanos. Tudo isso poderia
ser habitado e explorado economicamente pela população exterior, caso já
não fosse habitado.
Para Gardner, o interior do planeta seria iluminado por um Sol central com cerca de mil quilômetros de diâmetro, oriundo da nebulosa que havia originado a Terra.
Reed e Gardner, foram ridicularizados sistematicamente por
leigos e pela comunidade científica. Os dois defensores da Terra Oca citavam algumas autoridades que os apoiavam, como um certo Prof. Schimidt de Stuttgart e o Prof. Sjogren de Estocolmo e, nem mesmo as viagens e descobertas dos exploradores dos polos e de áreas desconhecidas da terra, como Robert Peary, Roald Amundsen, James Cook e Robert Falcon Scott, os convenceram. Diziam que um dia suas hipóteses seriam confirmadas.
No século XIX e no início do século XX surgiram obras
literárias inspiradas na crença de um mundo interior, por exemplo; Julio Verne "Viagem ao Centro da Terra" e outros.
As viagens aéreas de Richard Byrd sobre os polos norte e sul e suas extensas explorações na Antártica
pareciam ter enterrado em definitivo as especulações sobre entradas
para um mundo interior. Porém, logo surgiram insistentes contestações
quanto às verdadeiras descobertas de Byrd. Em 1959, o escritor americano F. A. Giannini, no livro Mundo além dos polos, afirmava que Byrd em verdade entrara na "Terra interior".
Nos anos 40, Ray Palmer, editor de revistas sensacionalistas como Amazing Stories, e o escritor imaginativo Raymond Bernard insistiam em afirmar que Byrd fora forçado a manter secretas essas reais viagens intra-terrestres.Porém, os defensores de tais idéias resistem a qualquer
descoberta científica que venha a invalidar suas teorias, uma vez que o
que realmente existe nas profundezas da Terra ainda é fruto de
especulações e suposições científicas com base apenas em verificações
indiretas, estando sempre sujeito a novas pesquisas e descobertas.
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